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Estado de Minas MINAS NO SENADO

Reunião com Kalil faz PSD amadurecer ideia de apoiar Pacheco no Senado

DEM busca formas de fortalecer senador mineiro na disputa; apoio dos pessedistas, segunda maior bancada da Casa, pode ser concretizado


05/01/2021 14:45 - atualizado 05/01/2021 17:07

Após reunião com Kalil, Pacheco (ao centro) falou sobre o tema.(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Após reunião com Kalil, Pacheco (ao centro) falou sobre o tema. (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Dono da segunda maior bancada do Senado Federal, com 11 representantes, o PSD pode apoiar o mineiro Rodrigo Pacheco (DEM) na eleição para o comando da Casa Legislativa. Nesta terça-feira (05/01), integrantes das duas legendas estiveram no apartamento do prefeito de Belo Horizonte, o pessedista Alexandre Kalil, para discutir o assunto. Após o encontro, os participantes afirmaram que há a possibilidade de as legendas caminharem juntas na votação.

 

Rodrigo Pacheco é o candidato do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que era esperado em BH, mas não compareceu. Na porta do prédio que abriga a residência de Kalil, na Região Centro-Sul da Cidade, Pacheco falou rapidamente com a imprensa sobre o tema.

“(A reunião foi) uma etapa importante da caminhada à presidência do senado e representa, fundamentalmente, a possibilidade concreta de apoio de um partido grande no Senado, que tem onze senadores, dois deles meus colegas de bancada” disse ele, que valorizou a possibilidade de ter os pessedistas em seu cordão.

Kalil e Pacheco trocaram diversas farpas recentemente. Pouco antes do início da campanha eleitoral do ano passado, eles colecionaram declarações fortes sobre, principalmente, o orçamento de Belo Horizonte. (Relembre a relação ao fim deste texto).

Depois da reunião desta terça, contudo, o senador Carlos Viana (PSD-MG), que também participou, vislumbra novos tempos.

“Kalil, como liderança importante do PSD, caminha conosco nesse sentido. Ele entende que não é hora de olhar para o passado, as rivalidades. Pacheco e Kalil foram candidatos na primeira eleição do prefeito. Hoje, deixamos isso em uma página virada em busca de trazer para Minas Gerais a união que o estado precisa”, projetou.

Líder do PSD no Senado, o baiano Otto Alencar também vê com bons olhos uma eventual união. “Não gosto de fazer previsões. No entanto, a reunião de dois grupos importantes de Minas Gerais — PSD e Democratas — significa o estado unido para ter mais força e mais representação, para trazer mais benefícios ao estado e ao município (BH)”.

A bancada do PSD no Senado se reúne nesta terça, às 20h, para deliberar sobre o apoio a Pacheco. O político do DEM vai expor suas propostas aos colegas.

Democratas têm visitado estados para "cacifar" Pacheco


Líderes do Democratas têm peregrinado pelo país em busca de viabilizar Pacheco na disputa pelo comando da Mesa Diretora. Na última semana do ano passado, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), também esteve com o prefeito belo-horizontino.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, enalteceu Pacheco por visitar lideranças regionais. “(Pacheco) foi muito generoso com Minas, visitando um dos seus principais líderes, Alexandre Kalil, assim como fará em outros estados. Visitando o governador Ratinho (Júnior, do Paraná). Já tinha visitado senador Otto (Alencar). Acho que é um gesto muito importante por parte do Rodrigo Pacheco”, pontuou.

Próxima eleição geral está na mira


A reunião com Kalil foi marcada por discussões sobre os efeitos de um eventual apoio pessedista a Pacheco. O Estado de Minas apurou que um dos pontos levantados foi a possibilidade de Pacheco não sair candidato ao governo do estado em 2022, abrindo caminho para uma aliança entre seu partido e a legenda do prefeito de BH.

Relação entre Kalil e Pacheco - troca de ‘farpas’


No último ano, os embates públicos entre Kalil e Pacheco tiveram diversas declarações fortes. Em setembro, ao EM, o senador criticou o prefeito. À época, ele afirmou que, “por ter muitos recursos”, BH poderia estar em situação melhor no que tange à infraestrutura, por exemplo. “

O governo do prefeito Kalil se vale de uma prefeitura que tradicionalmente tem muitos recursos. A cidade é rica e, por isso, acho que podíamos estar numa situação melhor, com mais obras de infraestrutura, nas áreas menos favorecidas, melhor atendimento na saúde, mais limpa e com menos pessoas em situação de rua”, disse.

Dias depois, ao se lançar como candidato à reeleição, Kalil rebateu o parlamentar. "Outro dia, curiosamente, escutei um colega do senador Anastasia dizendo que tínhamos uma prefeitura ‘muito rica’. Gostaria de perguntar ao colega do senador se achamos um baú de dinheiro lá dentro ou se choveu moeda. O que fizemos na prefeitura de Belo Horizonte é uma lição para ser feita em várias prefeituras”, afirmou.

A troca de farpas continuou quando Pacheco participou de um evento da pré-campanha de João Vítor Xavier (Cidadania), adversário de Kalil. Foi a vez da “tréplica”.

“Recebi uma crítica do prefeito atual, afirmando que eu disse que a cidade tem muitos recursos. Eu reafirmo: BH tem um grande orçamento público, se comparado ao de outras cidades, com condições de realizar políticas públicas de qualidade. É preciso fazer e jogar menos para a plateia”.

Em 2016, eles foram adversários na corrida pela prefeitura: Kalil representou o extinto PHS; Pacheco, por sua vez, era filiado ao MDB.


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