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Estado de Minas REDES SOCIAIS

Crivella, Porchat e Oswaldo aumentam menções negativas a Bolsonaro na rede

As manifestações de bolsonaristas contra a vacina para COVID-19 também fizeram o nome do presidente ficar em evidência


22/12/2020 20:30 - atualizado 22/12/2020 21:48

Jair Bolsonaro foi um dos principais cabos eleitorais de Marcelo Crivella no pleito de 2020; o bispo não foi reeleito(foto: Marcos Corrêa/PR)
Jair Bolsonaro foi um dos principais cabos eleitorais de Marcelo Crivella no pleito de 2020; o bispo não foi reeleito (foto: Marcos Corrêa/PR)
O nome do presidente Jair Bolsonaro esteve envolvido em quatro dos assuntos mais comentados das redes sociais nesta terça-feira (22). Não por causa de atitudes diretas do chefe do Executivo federal, mas por atos de seus aliados e até de inimigos.


Em termos de volumetria de dados, o total de interações e citações a Bolsonaro ficou dentro da média diária. Entretanto, chamou a atenção a quantidade de menções negativas ao presidente, que tem aumentado de maneira consistente desde 7 de dezembro (veja gráfico abaixo).

Crivella

 

prisão do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, ocorrida na manhã desta terça-feira, fez com que muitos usuários do Twitter lembrassem a parceria política entre o presidente e o bispo.


Bolsonaro fez campanha declarada para Crivella nas eleições para a Prefeitura do Rio de Janeiro. Por diversas vezes, o presidente pediu para que os cariocas reelegessem o atual prefeito, que acabou derrotado por Eduardo Paes.

 

A prisão de Crivella fez os internautas colocarem outro político do Rio na mira da polícia: o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente. A hashtag #FlavioEoProximo permaneceu entre os assuntos mais comentados do Twitter durante o dia.


Oswaldo Eustáquio

acidente sofrido pelo blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio no presídio da Papuda, no Distrito Federal, também fez os usuários da rede citarem o presidente. Na queda, Eustáquio lesionou a coluna e seguidores de Bolsonaro cobraram uma manifestação do presidente.


O volume de postagens aumentou depois que Fábio Faria, ministro das Comunicações, postou um vídeo em que aparece pescando no litoral de Santa Catarina junto com Jair Bolsonaro, o apresentador Ratinho e o secretário da Pesca, Jorge Seif.

 



Houve críticas contrapondo o momento de lazer do presidente à dor de Eustáquio e ao grande número de mortes causadas pela COVID-19 no Brasil, que se aproxima de 189 mil. Depois da má repercussão entre os bolsonaristas, Faria apagou a publicação.

 

Oswaldo Eustáquio é investigado no inquérito que apura atos antidemocráticos e estava em prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica. Após Eustáquio se deslocar sem autorização da Justiça por 17 vezes, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decretou a prisão preventiva do influenciador digital.

Manifestações

Seguidores de Jair Bolsonaro realizaram, nesta terça, manifestações em várias cidades do Brasil para protestar contra a vacina para a COVID-19. A tag #dia22vaisergigante esteve em alta, mas perdeu o fôlego ao longo da semana.


Os bolsonaristas também lançaram a hashtag #PatriotasNasRuas, que acabou atraindo, também, críticas de pessoas favoráveis ao início imediato da vacinação, relacionando o nome do presidente às suas postagens no Twitter.

 

A baixa adesão ao movimento antivacina e a pouca presença de pessoas nos locais de manifestação também foi assunto na rede.

Fábio Porchat

Não só os aliados de Bolsonaro elevaram as publicações do seu nome nesta terça.


Em entrevista dada ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o humorista Fábio Porchat, crítico do atual governo, provocou o presidente.

“Tenho a teoria de que a gente não tem mais que falar que o Bolsonaro é genocida. Temos que falar que Bolsonaro tem pau fino. Porque daí chega nele. É o que ele entende. Eles nivelam o debate por baixo. É que nem criança. Se meu sobrinho me chama de idiota e eu digo ‘não pode falar isso’, ele continua chamando, tampa os ouvidos e canta ‘lá lá lá...’ Enquanto eu estiver conversando com meu sobrinho, ele não vai entender nada. Eu tenho que gritar, fechar a porta, falar que ele está de castigo. Tenho que me rebaixar ao nível dele. E pra conversar com essa gente, temos que nos rebaixar ao nível deles. Não adianta falar ‘Bolsonaro genocida’. Eles estão rindo disso. Por isso, lanço a hashtag #BolsonaroPauFino, porque isso tem que chegar neles”, disse o comediante.


O pedido de Porchat foi atendido, e a tag ficou entre os trends durante todo o dia.

Análise

(foto: voxRadar)
(foto: voxRadar)
A análise do comportamento dos usuários do Twitter é realizado pelo software voxRadar, com base no conteúdo de postagens com menções espontâneas aos termos “Bolsonaro”, “Jair Bolsonaro” e também postagens que marcavam a conta oficial do presidente.


A plataforma coletou 93.308 tweets espontâneos, 42.107 retweets e 67.071 respostas marcando postagens de Bolsonaro nesta terça.

O voxRadar faz uso de um modelo matemático para identificar dias com elevação estatisticamente significativa (acima da média) nos índices de sensibilidade de sentimento contido nas postagens. Os pontos azuis marcam os momentos de alerta positivo e os pontos em vermelho marcam os alertas negativos.

Considerando dados desde setembro de 2020, essa diversidade de pautas e discussões fez com que a conta do presidente tenha recebido o maior número de menções negativas já computados na série. 


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