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Estado de Minas IMBRÓGLIO

MDB mineiro dissolve três diretórios municipais e gera mal-estar às vésperas de eleição

Partido alega que dissoluções ocorreram por infidelidades e problema na concretização de candidaturas; representantes rebatem


31/08/2020 18:53 - atualizado 31/08/2020 21:18

Newton Cardoso Júnior preside o MDB no estado.(foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados)
Newton Cardoso Júnior preside o MDB no estado. (foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados)
O diretório do MDB mineiro, comandado pelo deputado federal Newton Cardoso Júnior, interveio em três administrações municipais da legenda. As dissoluções, ocorridas na última quinta-feira (27), geraram a insatisfação de líderes locais. Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi uma das cidades impactadas pela decisão.

Ao Estado de Minas, o presidente do MDB novalimense até a intervenção da direção estadual, Saulo Serrinha, disse acreditar que a medida tem caráter eleitoral. A ideia dos gestores era lançar Sônia Mozelli na corrida pela prefeitura.

“Você está cerceando o direito da executiva municipal lançar um candidato, como é o nosso caso. E, também, enfraquecendo o partido. Com que vontade a direção municipal vai trabalhar se a executiva estadual dissolve e 'mata' o partido?”, argumentou.

Quem tem opinião semelhante é Luciano Augusto, advogado que representa o MDB de Araújos, no Centro-Oeste do estado. Na cidade, o partido pretendia ter a ex-prefeita Sônia Maria como candidata no pleito municipal deste ano.

“Não há como a gente provar de forma clara, mas (o diretório acredita ser) uma manobra política local para barrar a candidatura da Sônia (Maria)”, disse.

Segundo ele, o caminho para resolver o imbróglio será determinado judicialmente. A reportagem tentou, durante toda a tarde, contato com Newton Cardoso Júnior, filho do ex-governador Newton Cardoso.

Por meio de sua assessoria, o parlamentar alegou que há, nas cidades, indícios de infidelidade de filiados ao MDB.

“Nos casos analisados nas últimas semanas, houve descumprimento de regras de fidelidade partidária. Também houve ausência de compromisso de lançamento de candidatura”, justificou.

‘Caráter obscuro’


Saulo Serrinha, contudo, classificou a intervenção na cidade como “obscura”. “Essas dissoluções que o MDB têm feito tem um caráter obscuro. A gente não sabe de onde vem”, disparou. Além de Nova Lima e Araújos, situação semelhante ocorreu em Igaratinga, também no Centro-Oeste.

Newton Cardoso Júnior, por seu turno, afirmou que pré-candidatos das cidades podem manter suas aspirações políticas.

“As intervenções não impedem as candidaturas dos filiados. O direito de disputar e se candidatar continua valendo para todos. Nenhum direito de qualquer membro foi comprometido ou violado. Ao receber os pedidos de dissolução, a legenda segue o devido processo legal, com direito ao contraditório e amplo direito de defesa”.

O primeiro turno do pleito deste ano está marcado para 15 de novembro. Eleitores de cidades que necessitarem de segundo turno voltarão às urnas no dia 29 do mesmo mês.


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