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Estado de Minas TRATAMENTO

Após teste positivo de Bolsonaro, Eduardo defende uso de cloroquina

Deputado usou as redes sociais para afirmar que o tratamento com o remédio deveria estar disponível, para todo brasileiro que necessitar, no inicio da infecção


postado em 07/07/2020 19:39 / atualizado em 07/07/2020 19:36

O filho do presidente agradeceu as mensagens de força e orações do Brasil e do mundo(foto: Agência Brasil/Reprodução)
O filho do presidente agradeceu as mensagens de força e orações do Brasil e do mundo (foto: Agência Brasil/Reprodução)
Depois da confirmação desta terça-feira (7) de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi infectado pelo novo coronavírus, o filho do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) defendeu o uso da hidroxicloroquina, atacou a mídia e adversários políticos nas redes sociais
 
 
“O Presidente Jair Bolsonaro confirmou que contraiu a COVID-19 e que se encontra sem maiores complicações. E agora, como ficam aqueles da mídia e da política que juravam que ele havia contraído o corona meses atrás? Semanas perdidas naquela polêmica que, agora, se prova falsa", afirmou Eduardo em sua conta noTwitter.

No post, o deputado disse que o tratamento com hidroxicloroquina no início da infecção deveria estar disponível para todo brasileiro que necessitar. O remédio, no entanto, não tem eficácia comprovada. "O Presidente há de sair dessa, o tratamento com cloroquina é bastante eficaz no início da doença (e deveria estar disponível para todo brasileiro que necessitar)”, escreveu.
 
 
Eduardo também postou um trecho do vídeo de pronunciamento do presidente. Nas imagens, Bolsonaro fala sobre a oposição e a liberdade de expressão. “Em entrevista, o presidente pediu que a liberdade de expressão atinja todos os brasileiros, mesmo aqueles que o criticam. Você pode não gostar dele, é seu direito. Mas dizer que o presidente é um ditador é insanidade”, postou.
 
 
 
O filho do presidente ainda agradeceu as mensagens de força e orações do Brasil e do mundo. Ele finalizou dizendo que, neste momento, a maior preocupação do presidente Bolsonaro é passar tranquilidade, e não pânico, ao povo.
 
 
   

*Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa

O presidente Jair Bolsonaro citou 17 vezes cloroquina e/ou hidroxicloroquina durante a coletiva de imprensa na qual anunciou que foi contaminado pelo novo coronavírus. Ele aproveitou a ocasião para dizer que está fazendo uso do remédio, preventivamente, desde o aparecimento dos primeiros sintomas da doença. Suspeitas de que Bolsonaro tinha COVID-19 surgiram na noite de segunda-feira (6), quando o presidente apresentou sintomas do vírus, como febre alta, e realizou o teste no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília. 

A cloroquina tem sido defendida pelo presidente Jair Bolsonaro como o tratamento para as contaminações pelo vírus Sars-Cov2, apesar de a eficácia não ter sido comprovada pela comunidade científica internacional. A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclusive interrompeu permanentemente, em julho, os testes com o medicamento porque cientistas concluíram que não há redução da mortalidade em casos de coronavírus.

Em outras duas oportunidades, em maio e junho, a OMS tinha pausado os testes com a cloroquina e a hidroxicloroquina pela falta de segurança aos pacientes que estavam recebendo as doses do remédio. Os experimentos com os medicamentos faziam parte de um estudo, comandado pela organização internacional, sobre a eficácia de diferentes medicamentos no combate ao coronavírus.

A cloroquina e a hidroxicloroquina custaram o mandato do ex-ministro da Saúde Nelson Teich. Desde a posse, o médico aguardava que testes comprovassem a eficácia ou não dos medicamentos para decidir se eles deveriam ser indicados para o tratamento de pacientes com o coronavírus, posição desejada e cobrada pelo presidente Bolsonaro. Teich não concordava com a pressão vinda do presidente e, em 15/5, pediu demissão do Ministério, menos de um mês após ter assumido a pasta. 

Mesmo com a falta de um parecer favorável ao medicamento por parte da comunidade científica internacional, Bolsonaro mandou, em março, que o Exército brasileiro produzisse cloroquina. Mais de 1,2 milhão de comprimidos do remédio foram fabricados pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército – normalmente são 250 mil a cada dois anos, para tratamento da malária. 

Após a saída de Teich, o general Eduardo Pazuello se tornou o ministro interino da Saúde e aprovou a cloroquina para todos os pacientes com coronavírus. No protocolo, desenvolvido pelo Ministério, recomenda-se a prescrição do medicamento desde os primeiros sinais da COVID-19.
 
(*Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Alves) 

 


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