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Estado de Minas COVID-19

Assembleia de Minas autoriza pagamento de renda mínima a artistas

Em nova votação remota, deputados aprovam concessão de meio salário mínimo como benefício


postado em 14/05/2020 15:51 / atualizado em 14/05/2020 22:01

Setor artístico sofre com a interrupção forçada das atividades.(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Setor artístico sofre com a interrupção forçada das atividades. (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Os deputados estaduais mineiros aprovaram, nesta quinta-feira, em turno único, a concessão de renda mínima emergencial aos trabalhadores da área cultural. A proposta libera o pagamento de um auxílio, no valor de 50% do salário mínimo — atualmente fixado em R$ 1.045 —, aos profissionais vinculados a micro e pequenas empresas do setor. Por conta da pandemia do novo coronavírus, o texto foi analisado em regime de urgência e, agora, segue para sanção do governador Romeu Zema (Novo).

Durante a reunião plenária desta quinta, os parlamentares deram aval a um Projeto de Resolução (PRE) que ratifica o estado de calamidade pública declarado por 55 municípios do estado. Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, é uma das cidades contempladas pelo texto, também votado em turno único.

Cultura ganha apoio

O Projeto de Lei (PL) 1.801/2020, sobre o benefício emergencial aos trabalhadores ligados à arte, foi apresentado pelo presidente da Comissão de Cultura do Parlamento Estadual, Bosco (Avante). Segundo o texto, o auxílio será concedido mensalmente enquanto forem sentidos os efeitos do estado de emergência decretado em função da pandemia.

“A produção cultural é um dos ramos mais afetados da economia, visto que sofre com a queda vertiginosa de sua demanda, por não ser uma atividade básica, sofrendo com as políticas restritivas impostas pelo Poder Público, e, por vezes, incitar a formação de aglomerações (espetáculos de teatro, de circo e apresentações literárias ou musicais, por exemplo), o que contraria as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, explica o deputado, na justificativa do projeto.

Segundo Bosco, o custeio do auxílio será possibilitado por recursos provenientes do Fundo de Erradicação da Miséria (FEM). O texto, aprovado por 68 dos 71 parlamentares participantes da votação, incorpora propostas de apoio ao setor cultural apresentadas por Beatriz Cerqueira, Dr. Jean Freire e Cristiano Silveira, todos do PT, e Gustavo Mitre (PSC). A relatoria da matéria coube ao deputado Ulysses Gomes (PT).

Calamidade

Os decretos de calamidade já vigoram em cada uma das localidades. A aprovação do PRE 96/2020, contudo, autoriza as administrações municipais, conforme diz a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a suspender os prazos e limites ligados à dívida pública e aos gastos com pessoal. Há a permissão, também, para a compra, sem licitação, de insumos necessários ao enfrentamento à pandemia.

O documento, de autoria da Mesa Diretora da Assembleia, estabelece três meses, contados a partir da publicação de cada decreto, como prazo para a duração da calamidade. Pode haver prorrogação enquanto as cidades forem impactadas pelos efeitos da COVID-19. Foram 64 votos favoráveis à proposta, relatada por Gustavo Valadares (PSDB). Dois parlamentares se manifestaram contrariamente.

Na semana passada, os deputados haviam reconhecido o estado de calamidade decretado por outras 53 cidadesBelo Horizonte e mais 55 municípios também foram incluídas em proposta semelhante. Antes, os parlamentares vinham ratificando, individualmente, diversos decretos editados por localidades mineiras.

Cidades contempladas pelo projeto:

Abadia dos Dourados;
Alto Rio Doce;
Aricanduva;
Baependi;
Bela Vista de Minas;
Belo Oriente;
Bocaiuva;
Bom Jesus do Galho;
Bonito de Minas;
Brazópolis;
Bueno Brandão;
Cajuri;
Cana Verde;
Carandaí;
Carmo da Mata;
Crisólita;
Dores de Guanhães;
Elói Mendes;
Esmeraldas;
Iapu;
Ibitiúra de Minas;
Inhapim;
Itabirito;
Lima Duarte;
Mamonas;
Mar de Espanha;
Mateus Leme;
Matias Cardoso;
Miraí;
Nova Porteirinha;
Paraopeba;
Peçanha;
Piranguinho;
Poté;
Recreio;
Resende Costa;
Riacho dos Machados;
Rio Novo;
Rodeiro;
Rubim;
Sacramento;
Santa Cruz de Minas;
São Francisco de Paula;
São Gonçalo do Rio Abaixo;
São João da Mata;
São João do Oriente;
São Joaquim de Bicas;
São Pedro do Suaçuí;
São Sebastião do Rio Preto;
São Sebastião do Rio Verde;
São Vicente de Minas;
Sapucaí-Mirim;
Sericita;
Sete Lagoas;
Tocos do Moji.

Orçamento

Encaminhado à Casa pelo governador Zema, foi aprovado, ainda, o Projeto de Lei (PL) 1.938/2020. A matéria cria, em função da pandemia, um novo calendário para a execução de emendas parlamentares. O coronavírus suspendeu o prazo para a concretização das emendas, mecanismo utilizado pelos deputados estaduais para participar do Orçamento anual.

O texto estabelece 3 de julho como limite para a publicação, por parte do Executivo estadual, dos locais que serão contemplados com os recursos. O dia 14 de agosto, por sua vez, é o prazo final para a divulgação da origem dos recursos que precisaram ser remanejados por conta de impedimentos à aplicação dos recursos nas iniciativas anteriormente determinados. A proposta foi aprovada na forma de um texto substitutivo, apresentado pelo relator Gustavo Valadares (PSDB).

O PL 1.938/2020 ainda traz outra alteração importante. O texto torna crime de responsabilidade o atraso dos repasses orçamentários para a própria os poderes Judiciário, Legislativo, Defensoria Pública e Ministério Público Estadual. Com a nova regra, o governador pode ser alvo de um processo de impeachment caso atrase os pagamentos.


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