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Estado de Minas

Estoque de cloroquina está zerado, segundo o Ministério da Saúde

Mesmo sem eficácia comprovada, governo federal distribuiu mais de 5,2 milhões de unidades só da cloroquina; presidente Jair Bolsonaro é o principal incentivador do uso do remédio


14/08/2020 23:09 - atualizado 14/08/2020 23:29

São Paulo foi o estado que mais recebeu o medicamento: 686 mil unidades(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
São Paulo foi o estado que mais recebeu o medicamento: 686 mil unidades (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Mesmo com o aumento de produção de cloroquina para ser usada em tratamento de pacientes com COVID-19, ainda que não haja eficácia comprovada, o estoque do governo federal do medicamento está zerado, afirmou o Ministério da Saúde, em coletiva desta sexta-feira (14/8). Usado para tratar malária e lúpus, por exemplo, o remédio passou a ser amplamente defendido pelo presidente Jair Bolsonaro também para aplicação em infectados pelo novo coronavírus e se popularizou pelo país.

 

"Hoje não há estoque de cloroquina. Estamos em processo de busca de aquisições de insumo farmacológico ativo. Estamos prospectando, buscando condições de compra. A demanda realmente veio e o Ministério da Saúde fez o máximo para responder", disse o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Hélio Angotti.

 

Somente de cloroquina foram distribuídas mais de 5,2 milhões de unidades. São Paulo foi a unidade da federação que mais recebeu (686 mil), seguido pelo Pará (539 mil), Alagoas (442 mil) e Roraima (440,5 mil). Sergipe foi o único estado que recebeu quantidade inferior a 30 mil unidades: foram distribuídas 14,5 mil.

 

O secretário-Executivo, Élcio Franco, fez questão de destacar: "Essa cloroquina foi enviada por demanda dos estados. Os estados solicitam e isso tem sido pactuado com o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) e nós temos atendido às demandas, mas não induzimos ninguém a receber."

 

Bolsonaro intensificou a procura pelo medicamento após ele próprio fazer o uso para tratar-se contra a COVID-19. Nas últimas aparições pelas redes sociais, fez questão de levar consigo uma caixa de hidroxicloroquina. "O pessoal fala 'ah, não tem comprovação científica'. Todos nós sabemos que não tem comprovação científica, agora não tem também ninguém cientificamente dizendo que não faz efeito. É o que tem. Então vamos usar, ora. Ouvindo o médico, obviamente", declarou à época do tratamento.

 

Estudos internacionais, no entanto, apontam a ineficácia da droga para esta aplicação fora da bula, o que levou a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) a revisar o posicionamento quanto à indicação do remédio. "É urgente que a hidroxicloroquina seja abandonada no tratamento de qualquer fase da COVID-19", disse a entidade, ainda em julho. Na ocasião o Ministério da Saúde reconsiderou avaliar as orientações, mas ao invés de mudanças, houve uma intensificação da sugestão ao uso.

 

Para o secretário-executivo, todas as decisões continuam tendo um objetivo: "Nosso mantra, nossa principal missão, é salvar vidas. Levantamos a necessidade de medicamentos para aqueles que estão com estoques quase encerrados [...]. O levantamento é feito diariamente por unidade hospitalar. Verificamos se há necessidade da quantidade requisitada, se é adequada para atender, nas melhores condições, com a melhor efetividade, aqueles que mais precisam, com objetivo maior de salvar vidas."

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

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