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Estado de Minas PANDEMIA

Rio de Janeiro inicia semana decisiva na luta contra a COVID-19

Infecções pelo novo coronavírus aceleraram nos últimos dias. Prefeito Marcelo Crivella diz que ajuda 'até agora não ocorreu'


postado em 03/05/2020 20:04 / atualizado em 03/05/2020 20:45

Estado do Rio de Janeiro tem mais de 1 mil mortos por COVID-19, segundo dados do Ministério da Saúde(foto: PMRJ/Divulgação)
Estado do Rio de Janeiro tem mais de 1 mil mortos por COVID-19, segundo dados do Ministério da Saúde (foto: PMRJ/Divulgação)

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, afirmou em entrevista coletiva neste domingo (03/05) que a semana será a mais tensa desde o início da pandemia de COVID-19 para a rede de saúde do município. A falta de equipamentos como respiradores e tomógrafos impede que os pacientes infectados pelo novo coronavírus sejam atendidos de forma adequada. Crivella fez um apelo para que as pessoas, especialmente as que têm comorbidades, fiquem em casa.

De acordo com a Prefeitura, considerando toda a rede SUS na cidade - que inclui unidades de saúde da Prefeitura, estaduais e federais -, a taxa de ocupação dos leitos destinados ao atendimento de infectados pelo novo coronavírus já está em 92%. "Essa semana é a que mais nos preocupa. Por quê? Porque se acelerou o número de contágio e as pessoas precisam dos hospitais. Nós aguardávamos, já há bastante tempo, ajuda de outros entes, o que até agora não ocorreu", disse o prefeito.

A capital lidera o ranking dos municípios com mais óbitos e contaminações. Foram 631 mortes e 6.750 casos de doença. Em número de óbitos aparecem, em seguida, Duque de Caxias (84), Nova Iguaçu (44), Niterói (27) e São Gonçalo (25). Considerando os municípios com mais pacientes infectados, após a cidade do Rio, estão Duque de Caxias (484), Nova Iguaçu (435), Niterói (422) e Volta Redonda (341).



Crivella afirmou que o estado está com dificuldade de conseguir equipamentos como respiradores e que os comprados pela prefeitura chegam nesta semana. A estimativa do prefeito é que com 80 novos respiradores possam ser abertos mais 400 leitos de UTI no Rio. "Temos notícia de que o Estado não está conseguindo os equipamentos necessários e os nossos só chegam ao longo dessa semana. Essa semana para nós talvez seja a semana mais decisiva, a mais difícil, a mais angustiosa", afirmou Crivella.

Lockdown descartado

Embora tenha dito que os especialistas do município não estudam implementar medidas como um lockdown ou shutdown (fechamento completo da cidade) o prefeito admitiu que cogita monitorar e até fechar algumas vias da Zona Oeste, onde a população não tem respeitado a recomendação de distanciamento social. A taxa de isolamento na cidade está abaixo de 50%.



Crivella afirmou que cogita fechar os calçadões comerciais de Bangu, Santa Cruz e Campo Grande, também na Zona Oeste do Rio, onde estão ocorrendo aglomerações. A Prefeitura do Rio vai entrar na Justiça para impedir que o Jockey Club da cidade realize corridas de cavalos. Segundo Crivella, a população fica aglomerada em lojas de apostas, o que vai contra as medidas de isolamento.

Abertura de leitos no Rio

Após a inauguração do hospital de campanha do Riocentro, na última sexta-feira (01/05), a cidade tem 592 leitos na rede municipal de saúde, sendo 168 de UTI, dedicados ao novo coronavírus. A previsão é que sejam abertos mais 400 leitos no hospital do Riocentro nos próximos dez dias, com a chegada dos equipamentos hospitalares comprados na China e que estão a caminho do Rio.

A Prefeitura também já abriu 30 dos 65 leitos que estavam fechados por necessidade de obras em unidades e afirma que outros 20 leitos serão abertos no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. No Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, referência na rede para pacientes com a doença, há 230 leitos abertos (sendo 150 de enfermaria e 80 de UTI). O total de leitos programados para o Gazolla é de 381.

O que é o coronavírus?

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia


Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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