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Estado de Minas COVID-19

Brasil registra 57 mortes ligadas ao coronavírus e tem 2.433 casos confirmados da infecção

Pela primeira vez, foram registradas mortes fora do eixo Rio-São Paulo


postado em 25/03/2020 17:14 / atualizado em 25/03/2020 21:44

Dados foram divulgados na tarde desta quarta-feira(foto: Divulgação/ Fiocruz)
Dados foram divulgados na tarde desta quarta-feira (foto: Divulgação/ Fiocruz)

Já são 57 mortes relacionadas ao novo coronavírus. Além disso, o Brasil registra 2.433 casos confirmados da doença. Essa é o primeiro balanço do Ministério da Saúde que registra óbitos fora do eixo Rio-São Paulo. Agora, a única região que não apresenta mortes é a Centro-Oeste. Os números foram informados em coletiva na tarde desta quarta-feira (25).

De acordo com o boletim epidemiológico, os estados do Amazonas, Pernambuco e Rio Grande do Sul agora registram uma morte cada um. Além desses três, São Paulo contabiliza 48 (oito a mais do que o indicado no último balanço). O Rio de Janeiro segue com seis mortes, o mesmo número apresentado nessa terça-feira.

A Região Sudeste ainda é a que apresenta o maior número de infecções, registrando 1.404, quase quatro vezes mais do que o Nordeste, segunda região que mais apresenta caos. São Paulo é o estado que tem a situação mais crítica, com 862 casos. O Rio de Janeiro tem 370, seguido de Minas, com 133 (três a mais do que o registrado no último boletim), e o Espírito Santo, com 39.
 
O Nordeste contabiliza 390 registros. O estado mais crítico de lá segue sendo o Ceará, com 200 casos. Em terceiro lugar está a Região Sul, com 313 casos, 12,9% do total registrado no país. 

O Centro-Oeste, apesar de ser a região menos populosa do Brasil, não é a que aparece com menor número. Ainda que não tenha mortes até o momento, por lá já foram registrados 221 casos.

Esse é o 29° boletim epidemiológico apresentado pelo ministério. Nesta quinta-feira, a pasta completará um mês de levantamento. 

(foto: Divulgação/Ministério da Saúde)
(foto: Divulgação/Ministério da Saúde)


Mais recursos e mais insumos


Na coletiva, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, frisou que a situação atual da pandemia no Brasil está no ritmo já esperado pela pasta federal, para esse período. O ministro também desmentiu boatos de que sairia do ministério. De acordo com ele, sua saída em meio à pandemia só aconteceria caso o presidente Jair Bolsonaro determinasse, caso ele mesmo fique doente ou quando ele achar que não é mais necessário no cargo. 

O chefe da Saúde anunciou também que a pasta repassará R$600 milhões aos estados  municípios. “Na primeira leva, eu tinha mandado R$415 milhões para as secretarias estaduais, agora mandarei R$ 600 milhões que cada estado deve dividir se vai para município ou para o próprio estado”, afirmou. 

De acordo com Mandetta, essa divisão se dá devido à especificidades de cada estado. Como exemplo, o ministro citou o estado do Pará, onde, segundo ele, quem administra a região hospitalar é a secretaria estadual. No estado do Norte do país, as redes municipais são responsáveis apenas pela atenção primária. “Por outro lado, temos lugares em que os estados não fazem nenhuma atenção especializada, ela é toda nos municípios. Cada estado vai fazer hoje rapidamente a sua divisão de como ele vai fazer sua alocação e informa amanhã para apontarem quais serão os municípios que receberão os repasses”.

Mandetta afirmou que os valores serão distribuídos levando em conta o censo demográfico. Como exemplificado pelo ministro, São Paulo receberá R$130,31 milhões e Mato Grosso do Sul (terra natal do chefe da Saúde) R$7,895 milhões.

A coletiva também contou com a participação do Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna Araújo. O secretário prestou esclarecimentos sobre os ventiladores utilizados no tratamento de pessoas contaminadas pelo coronavírus e que estejam em estado grave.  

O número de aparelhos disponíveis vem gerando preocupação em vários governadores ao redor do Brasil. “Há pesquisas em curso de instituições nacionais que estão oferecendo a opção de usar o mesmo respirador e ventilar mais de um paciente ao mesmo tempo. Isso vai dar uma escala maior de assistência a esses pacientes”, comentou.

Também em relação aos ventiladores, o secretário frisou que a pasta está investindo em impressoras 3D que permitem fabricar, mais rapidamente, componentes de ventiladores que se desgastam com o tempo. 

INSUMOS Ao longo da semana, vários governadores reclamaram da dificuldade de encontrar insumos para utilização em hospitais e postos de saúde, como máscaras e luvas. Sobre isso, o ministro esclareceu que apenas agora que as fábricas chinesas estão voltando a produzir em ritmos melhores. “Estamos monitorando em todos os estados e essa semana começaram a chegar estado por estado”.

O ministro também creditou essa falta ao cancelamento de voos. “Tem muitos estados que a gente está tendo que fazer abastecimento por via terrestre e que poderiam ser feitos via avião”. Mandetta também cobrou uma revisão na logística do país para facilitar essa distribuição. 

Segundo a pasta, já foram compradas 15 milhões de máscaras e 30% dessas mercadorias já foram enviadas aos governos estaduais. No entanto, por causa desse problema de logística, estados das regiões Norte e Nordeste não teriam recebido. Nesse caso, as máscaras estão indo via terrestre e devem chegar entre os dias 27 e 28. Além disso, uma segunda remessa já estaria sendo enviada, via avião, para esses estados.

A previsão é de que, a partir de agora, os estados sejam abastecidos semanalmente. 

O que é o coronavírus?

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia


Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:


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