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Estado de Minas CORONAVÍRUS

Militante anti-vacinas morre de COVID-19 nos Estados Unidos

Apoiadores ameaçaram explodir o hospital em que ela estava internada se não fosse usado ivermectina no tratamento


13/09/2021 12:57 - atualizado 13/09/2021 15:25

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(foto: Reprodução/YouTube)

Uma mulher que se tornou o centro de uma campanha de assédio contra um hospital de Chicago, enquanto apoiadores do movimento chamado QAnon exigiam que tratassem seu diagnóstico de COVID-19 com ivermectina, morreu da manhã desta segunda-feira (13/9), após passar semanas no hospital tentando tratar a infecção pelo coronavírus.

QAnon, ou simplesmente Q, é uma teoria da conspiração de extrema direita, criada nos Estados Unidos em 2017, que alega haver uma cabala secreta, formada por adoradores de Satanás, pedófilos e canibais, que dirige uma rede global de tráfico sexual infantil e que esteve conspirando contra o ex-presidente Donald Trump e simpatizantes, durante o seu mandato.

A morte de Veronica Wolski foi anunciada no Telegram pelo teórico da conspiração Lin Wood, um dos maiores e mais influentes apoiadores do QAnon. Wood já havia instado seus 814 mil seguidores do Telegram a telefonar para o Amita Health Resurrection Medical Center, onde estava Veronica, e exigir que a mulher fosse tratada com ivermectina, em vez de medicamentos ou vacinas aprovadas e testadas.

No post, Wood afirmou que ela havia sido assassinada pelo hospital, que se recusou a tratar a doença com o remédio originalmente indicado para combater parasitas. "Acabei de saber que Veronica Wolski viu a face de Deus esta manhã às 12h44", escreveu.

Confira trecho do último vídeo postado por Veronica em sua conta no YouTube.



Lin Wood também chamou o atendimento de Veronica no hospital de assassinato médico. "É nossa responsabilidade garantir que esses assassinatos médicos parem AGORA e os perpetradores sejam levados à justiça. (...) Verônica estará em sua ponte no Céu olhando para nós. Devemos fazer o nosso melhor para garantir que Verônica não deixe esta Terra em vão", declarou.

Poucas horas antes de relatar a morte, Lin Wood postou um vídeo na rede social mostrando o momento em que liga para a equipe do hospital e exige a alta de Veronica, alegando que a pessoa que atendeu a ligação seria culpada de assassinato se assim não o fizesse.

Anteriormente, ele já havia chamado a equipe do hospital de "cúmplices de assassinato", se não liberassem Veronica imediatamente para receber o tratamento médico que solicitava.

Lin Wood inclusive compartilhou o número de telefone do hospital, encorajando suas centenas de milhares de seguidores (principalmente outros apoiadores populares do QAnon) a ligar para a instituição de saúde, deixando "o hospital ouvir suas vozes agora". Houve até mesmo ameaça de explodir o local.

Em uma declaração anterior ao Chicago Sun-Times, Olga Solares, porta-voz do hospital, confirmou que estava ciente da campanha dos apoiadores do QAnon, sem abordar o tema diretamente. "No Amita Health, nossa primeira prioridade é a saúde e segurança de nossos pacientes. Nossos médicos e clínicos seguem todas as orientações (...) no tratamento de COVID-19", disse.

Em agosto, o Food and Drug Administration (FDA), agência norte-americana reguladora de saúde, como outras autoridades médicas pelo mundo, alertou que a ivermectina não foi autorizada ou aprovada para uso no tratamento de COVID-19.

Embora aplicado para tratar cavalos contra parasitas e vermes, o fármaco foi aprovado para uso humano para combater infecções, como piolhos e sarnas, e doenças da pele, como rosácea, mas não COVID-19.

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