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Estado de Minas INVESTIGAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL

Golpe do falso presente é alvo de inquérito em BH; médica perdeu R$ 58 mil

Ao receber o entregador em casa, a vítima é orientada a pagar com cartão uma taxa de entrega, quando o débito indevido na conta é realizado


06/06/2023 19:25 - atualizado 07/06/2023 00:00
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Médica mostra BO dentro de consultório. Ela segura o BO de modo que tampa o seu rosto.
Médica, que não quis ser identificada, mostra BO e cartão usado no golpe, que transforma a gentileza de um presente de aniversário em um transtorno para as vítimas (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
A Polícia Civil informou nesta terça-feira (6/6) que instaurou inquérito para apurar os recorrentes crimes de estelionato em Belo Horizonte por meio do chamado golpe do falso presente. Ao receber o entregador em casa, a vítima é orientada a pagar com cartão apenas uma taxa pelo serviço de entrega, quando o débito indevido na conta é realizado. 
 
A prática criminosa tem acontecido por meio da utilização do nome de diversas empresas conhecidas, como lojas de departamento e também no ramo de alimentos, informa a Polícia Civil, que não comentou se há pistas de possíveis suspeitos. Somente uma única vítima, uma médica em Nova Lima, na Grande BH, perdeu R$ 58 mil. 

 
Conforme explicam as autoridades, o golpe acontece quando uma pessoa entra em contato por telefone com a vítima informando que ela foi beneficiada com um presente em decorrência de seu aniversário ou qualquer outra data especial. 
 
O golpista então pede a confirmação de endereço para que o motoboy faça a entrega. Ao chegar à residência com uma sacola ou embalagem da empresa, o entregador diz que apenas será cobrada uma taxa de frete, que gira em torno de R$ 6 a R$ 8, sendo que o pagamento só pode ser feito com cartão.

 
Porém, sob alegação de que a máquina está sem sinal, o motoboy faz diversas tentativas de passar a cobrança, quando, na verdade, altos valores já foram debitados. Por fim, ele vai embora, mas afirma que voltará ao local com um novo equipamento para concretizar o pagamento do frete. 
 

Médica perde R$ 58 mil

 
Uma médica pneumologista, de 77 anos, foi vítima do golpe no dia do próprio aniversário. Em 8 de abril, a profissional recebeu uma ligação telefônica dizendo que havia uma lembrança de presente de uma loja de cosméticos, especialmente direcionada a ela.
 
Na chamada, foi perguntado se ela liberaria o entregador levar a lembrança até sua casa, um apartamento em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A médica, então, permitiu o envio do presente.
 
O entregador falou que o frete custava R$ 7,90. Ela resolveu pagar em dinheiro, mas foi contestada pelo criminoso, que orientou a possibilidade de pagar somente no cartão. Com os supostos problemas na máquina e as várias tentativas de realizar o pagamento, a mulher perdeu R$ 58 mil. 
 
Outra que caiu no mesmo golpe foi uma professora aposentada de 69 anos. No dia do seu aniversário, no fim de abril, ela foi chamada à portaria do edifício onde mora, no Bairro Grajaú, em Belo Horizonte, para receber uma encomenda apresentada como “um brinde das Lojas Americanas” pela passagem da data. O falso entregador, com a mesma argumentação, conseguiu debitar R$ 2.600 no cartão da vítima. 
 

Orientações da Polícia Civil

 
Sempre que alguém ligar e oferecer um presente, a Polícia Civil orienta confirmar com a empresa em seus canais oficiais se de fato há algum tipo de benefício sendo concedido.

Mesmo nos casos em que a empresa realmente tenha enviado de forma gratuita algum produto, a recomendação é não pagar a referida taxa no cartão, mas, caso opte pelo pagamento desta forma, é fundamental que o valor seja conferido no visor do aparelho pelo cliente, que deve ainda segurar a máquina para finalizar o processo de pagamento.


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