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Estado de Minas DENGUE E CHIKUNGUNYA

Contagem confirma primeira morte por chikungunya em 2023

Paciente tinha 39 anos e morreu no dia 17 de março; cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte tem 377 casos confirmados da doença


19/04/2023 21:21 - atualizado 19/04/2023 21:26

Mosquito da dengue
Desde março, Contagem está em situação de emergência devido ao aumento de casos de dengue (foto: Pixabay / Reprodução)
A Secretaria Municipal de Saúde de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, confirmou a primeira morte em decorrência da chikungunya, nessa terça-feira (18/4). O paciente tinha 39 anos e morreu no dia 17 de março deste ano. A cidade possui 377 casos confirmados da doença. 


Para conter o avanço das doenças, a secretaria de saúde da cidade instaurou um Plano de Contingência para Controle das Arboviroses Urbanas. A ação elenca todas as ações das áreas assistenciais e de vigilância para o enfrentamento da epidemia. De acordo com a pasta, no momento, mutirões de limpeza estão sendo feitos em todas as regionais do município. 

“A cada semana é feito um cronograma de acordo com as áreas mais críticas de notificações de casos de dengue. Já foram recolhidas mais de 160 toneladas de lixo nestes mutirões. Dois carros fumacês estão percorrendo todos os dias as mesmas áreas”, informou a prefeitura de Contagem. 

Além disso, visitas domiciliares de agentes de combate às endemias para o tratamento focal do mosquito são feitas regularmente em residências das áreas prioritárias. 

“Foi implantada a Central de Hidratação para reforçar o atendimento dos pacientes com suspeita de dengue e chikungunya. Estes devem procurar a Unidade Básica de Saúde de referência, de segunda a sexta, das 7h às 17h, ou a Central de Hidratação Endereço: rua Trajano de Araújo Viana, n° 1838 - Cinco Contagem MG (antigo Quinto Sportmall). Horário de atendimento médico para demanda espontânea: 7 às 21h, todos os dias”, reforçou a administração.

Betim 

Na última semana, a prefeitura de Betim, também na Grande BH, confirmou a primeira morte de um morador em decorrência de chikungunya em 2023. A paciente, de 88 anos, não teve o nome nem o estado de saúde anterior à morte revelados. Ela foi atendida no Hospital Regional de Betim. O óbito aconteceu no dia 27 de março, mas a causa foi confirmada apenas na última semana, depois que a amostra de sangue da paciente foi analisada pela Fundação Ezequiel Dias (Funed).

Situação em Minas 


De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, divulgado na segunda-feira (17/4), Minas Gerais já registrou 18.494 casos confirmados de chikungunya. Até o momento, 11 pessoas morreram em decorrência da doença, e outros 13 óbitos estão em investigação. 

Em relação à dengue, 87.765 contaminações foram confirmadas. Há 103 óbitos confirmados e 88 em investigação. 

Quanto ao vírus Zika, até o momento foram registrados 202 casos prováveis. São 19 confirmados para a doença. e não há óbitos por Zika em Minas Gerais, até o momento.

O que são arboviroses?

Jordana Coelho dos Reis, professora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que as arboviroses são um grupo de vírus diferentes, mas que são transmitidos por artrópodes ou mosquitos, como dengue, malária, zika e chikungunya. 

A especialista explica que as arboviroses causam doenças associadas ao sangue. No caso da dengue, a infecção diminui a produção de plaquetas dos indivíduos, causando edemas no corpo.

“O que a gente acredita que está acontecendo é que, antes da pandemia da COVID-19, tivemos um melhor controle da proliferação dos vetores das arboviroses. Nunca foi o ideal, mas a gente tinha um controle marginal pelas campanhas que sempre aconteciam. Durante a pandemia, essas campanhas sumiram, e, por isso, não existe mais o estímulo para que a população faça o controle dos focos”, diz. 

Em relação ao possível motivo pelo aumento da procura de internações intensivas de crianças, a professora afirma que os pequenos possuem diferentes respostas imunes, o que pode explicar os casos graves. Mas, além disso, a população adulta já passou por alguns ciclos endêmicos da dengue, por exemplo, e por isso há a possibilidade de ter acontecido uma imunização desse grupo, criando espaço para que o vírus use a população pediátrica para crescer. 

“Não temos como saber antes se a criança possui, ou não, predisposição para casos mais graves das doenças. Por isso, a prevenção é importante. O controle do saneamento básico é importante para que as pessoas evitem novos focos de proliferação dos vetores das arboviroses”, explica. 

Como se proteger contra arboviroses:

  • Retirar os pratinhos dos vasos de plantas;
  • Acondicionar o lixo em saco plástico e mantê-lo em lixeira tampada até o dia e horário de recolhimento pelo Serviço de Limpeza Urbana;
  • Manter a caixa d’água vedada, sem deixar frestas, mesmo que muito pequenas;
  • Realizar a limpeza das calhas e remover folhas e outros materiais que possam impedir o escoamento da água;
  • Entregar os pneus ao Serviço de Limpeza Urbana ou mantê-los em local coberto;
  • Tratar a piscina com cloro e limpar uma vez por semana;
  • Manter o quintal sempre limpo e livre de qualquer material que possa acumular o mínimo de água e se tornar foco do Aedes aegypti;
  • Usar repelentes que possuam como composto a icaridina, componente que repele o mosquito vetor de maneira mais eficaz;
  • Manter berços e camas de crianças cobertos por telas.


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