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Estado de Minas URBANISMO

MP recomenda suspensão de pregão aberto para revitalizar Lagoa da Pampulha

Órgão apontou irregularidades na licitação aberta pela Prefeitura de BH para desassoreamento do espelho d'água, com custo previsto de R$ 44 milhões.


24/11/2022 17:38 - atualizado 24/11/2022 23:26

Lagoa poluída
DEcisão do Ministério Público adia revitalização da Lagoa da Pampulha; o órgão apontou irregularidades no processo licitatório. (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) revogou o resultado da licitação aberta pela Prefeitura de Belo Horizonte para revitalização da Lagoa da Pampulha. Divulgada pelo órgão nesta quinta-feira (24/11), a decisão aponta irregularidades no processo licitatório, que já tinha uma empresa vencedora. O valor dos serviços previstos no certame, referentes ao desassoreamento da represa, é de aproximadamente R$ 44 milhões. 

O primeiro ponto questionado pelo órgão é a modalidade licitatória escolhida pela PBH, o chamado pregão eletrônico. O MP alega que este tipo de seleção não é adequado para a execução de uma obra envolvendo a Lagoa da Pampulha - um patrimônio cultural protegido por tombamento -, portanto cheia de especificidades. 

Assinado pelo promotor Fábio Finotti, o documento também questiona o curto prazo estabelecido pelo certame para o cumprimento das exigências necessárias à participação no pregão. Para Finotti, isso cria restrições injustificadas, que ferem princípios básicos do processo licitatório, como ampla concorrência e ampla competitividade. 

O promotor aponta ainda imprecisões quanto à descrição e ao custo dos serviços a serem contratados.  “(...)Essa imprecisão tem o condão (capacidade) de causar confusão entre os licitantes, no tocante aos valores das propostas apresentadas, o que fere as regras licitatórias e a ampla competitividade, a isonomia e a impessoalidade, requisitos fundamentais no certame em questão”, afirma Finotti.

O MP informou ter encaminhado a recomendação ao prefeito Fuad Noman, à Secretaria municipal de Obras e Infraestrutura (SMOB) e à Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).

Procurado pela reportagem, o Executivo Municipal informou que "responderá todos os questionamentos do Ministério Público de Minas Gerais no prazo solicitado".  


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