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Estado de Minas INDIGNAÇÃO

Em missa de 7º dia, família de jovem morto por bolsonarista pede 'justiça'

Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos, foi morto em Belo Horizonte enquanto comemorava a vitória de Lula no último domingo (30/10)


04/11/2022 22:03 - atualizado 05/11/2022 00:26

Família na missa de 7° dia de Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos, assassinado enquanto comemorava a vitória de Lula nas eleições
Família na missa de 7° dia de Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos, assassinado enquanto comemorava a vitória de Lula (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Indignação e revolta foi o sentimento na missa de sétimo dia de Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos, assassinado em Belo Horizonte enquanto comemorava a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais. Família e amigos se reuniram nesta sexta-feira (4/11), na Paróquia São João Batista, Bairro Salgado Filho, Região Oeste da capital

A prima, Fabiane Dias, afirmou que Pedro era um rapaz muito querido e deixa muita dor, choro e indignação com sua morte. “No dia do enterro tinham mais de 400 pessoas. Hoje também a missa estava superlotada. Todo mundo comovido e indignado. Esse ‘monstro’ destruiu a minha família, acabou com nossa felicidade que tinha de viver. Queremos justiça!”, declarou.
 

Segundo ela, a defesa do atirador, Ruan Nilton da Luz, de 36 anos, alega que o assassinato não teve motivação política. No entanto, a família alega que o crime ocorreu no fim da apuração do pleito, do qual Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso. “A gente tem áudio dos tiros, foi tudo depois que o Bolsonaro perdeu. Por questão política tirar a vida de um menino cheio de sonhos”, lamentou.
 
Durante os ritos fúnebres, familiares usaram camisas estampda com a foto de Pedro e os dizeres: "Enquanto respirarmos iremos lembrar de você, Pedro Henrique". 
 
 
Missa de 7° dia de Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos, assassinado enquanto comemorava a vitória de Lula
Missa de 7° dia de Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos, assassinado enquanto comemorava a vitória de Lula, em BH (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)

O crime

Pedro Henrique foi baleado três vezes por Ruan Nilton da Luz, de 36 anos, que entrou na garagem onde o jovem, formado em direito e que trabalhava com entregas e como Uber, celebrava com familiares a vitória de Lula.

Segundo familiares, a motivação do crime foi política. Testemunhas relataram ter ouvido o suspeito gritar "Bolsonaro" na rua, antes do crime. Outro fator que reforça a tese é que Ruan teria postado em seu Instagram, dias antes, que "iria fazer uma desgraça" se Jair Bolsonaro fosse derrotado nas eleições.
 

Ruan tinha licença de CAC e foi preso. Além das duas pistolas 380 utilizadas no crime, o homem possuía um rifle e mais de 500 munições em sua casa. A defesa do suspeito afirmou que ele possui problemas psicológicos, versão contestada pelos familiares da vítima.

Momentos antes de abrir fogo contra a família de Pedro, Ruan havia baleado mãe e filha. Segundo amigos da vítima, a mãe já está em casa e a criança, de apenas 12 anos, segue internada.


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