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Estado de Minas DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA

PBH amplia áreas que terão mosquitos com bactéria capaz de reduzir doenças

A bactéria Wolbachia atua para reduzir a transmissão de dengue, zika e chikungunya; os mosquitos serão distribuídos em seis regionais da cidade


21/10/2022 10:24 - atualizado 21/10/2022 11:09

Mosquito aedes aegypti
O método está sendo empregado visando o maior controle da doença (foto: Freepik/Reprodução)

 

Um projeto da Prefeitura de Belo Horizonte pode ajudar a reduzir a transmissão de dengue, zika e chikungunya para a população, por meio da soltura do mosquito Aedes Aegypti com a bactéria Wolbachia em seis regionais de BH: Barreiro, Centro-Sul, Oeste, Noroeste, Norte e Pampulha. 


A bactéria Wolbachia é um microrganismo intracelular que não pode ser transmitida para humanos ou animais e atua para reduzir a transmissão das doenças. Os mosquitos que carregam essa bactéria foram produzidos na biofábrica do município sem nenhuma modificação genética.  

O estudo 

De acordo com o diretor da Zoonoses de BH, Eduardo Viana, o piloto do projeto já estava circulando pela cidade desde 2020, com duas fases. A primeira, foi na região Venda Nova, em três áreas de abrangência de centros de saúde. A segunda, foi a realização de um estudo clínico controlado em parceria com a Fiocruz e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


“Nesse estudo, foram abrangidas 59 áreas em todas as regionais de BH, sendo 29 para controle - sem liberação de mosquito - e outras 29 com a liberação do mosquito com a Wolbachia, que ainda está acontecendo. Agora, nós entramos na terceira fase, que seria a expansão. Vamos trazer os mosquitos com a bactéria em seis das nove regionais de BH”, disse o diretor. 


Viana explica ainda que a soltura é um procedimento de substituição gradativa, ou seja, os mosquitos com a bactéria são soltos no ambiente e a partir do momento que realizarem o cruzamento com o Aedes sem bactéria, sucessivamente será possível nascerem apenas mosquitos com Wolbachia. 

 

O projeto é uma parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte, a World Mosquito Program (WMP), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde.

 

Como é feito o acompanhamento?


Os mosquitos são soltos semanalmente, em períodos que duram em torno de 16 a 20 semanas. Junto a isso, há um acompanhamento dos ovos, verificando o percentual de Wolbachia nos mosquitos. “Quando a população com a bactéria atingir 60%, já é considerado bom. Nas áreas das duas primeiras fases já atingimos esse percentual”, explica Viana.


O diretor complementa que o estudo clínico ainda está em curso, comparando áreas onde a soltura foi realizada versus onde não foi, por meio do monitoramento de voluntários que são acompanhados desde o início do projeto. “É feita uma sorologia, ou seja, coletado sangue dos voluntários no início do projeto antes do contato, e depois são avaliados ao entrar em contato com a doença, se desenvolveram o vírus”. 


Aquelas pessoas que moravam nas regionais de soltura serão comparadas com a população da área controle, que não foi exposta. Assim será possível obter clareza do ponto de vista epidemiológico com relação à eficácia da ação. Em alguns países asiáticos, esse estudo mostrou 70% de redução de casos. 


*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais  

 


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