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Estado de Minas EMBATE

'Preço de banana': metroviários questionam concessão e anunciam paralisação

Em ato que contesta moldes do edital de concessão do metrô de BH, categoria anunciou paralisação para a próxima semana; confira detalhes


29/09/2022 21:48 - atualizado 29/09/2022 23:29

Estação Central
Edital para a concessão do Metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Metrô-BH) foi publicado na última sexta-feira (23/9) (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)
Com distribuição de bananas, o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindmetro) liderou um protesto na Estação Central na tarde desta quinta-feira (29/9) para rechaçar o edital de concessão do Metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Metrô-BH) publicado na última sexta-feira (23/9) pelo Governo de Minas Gerais.

Em assembleia, como parte das ações de repúdio ao edital, a categoria decidiu pela paralisação do metrô na quarta (5/10) e na quinta-feira (6/10) da semana que vem.
 
Em conversa com a reportagem, o presidente do Sindmetro, Daniel Glória Carvalho, explica que, ao distribuir a fruta, a ideia é rechaçar a proposta de lance mínimo fixado em R$ 19,3 milhões. O valor, considerado irrisório, também já havia sido alvo de debate nas redes sociais. O certame também prevê a privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no estado.

 
O investimento projetado, ao logo de 30 anos de concessão, é de R$ 3,7 bilhões. Deste montante, R$ 3,2 bilhões vêm dos cofres públicos, sendo R$ 2,8 bilhões de aporte da União e R$ 440 milhões do estado. O restante fica a cargo da empresa vencedora da licitação. Logo, a categoria questiona o preço fixado pelo governo no lance inicial. 
 
“Além das 35 composições, nós temos 19 estações, quatro subestações de energia, 29 quilômetros de leito ferroviário e as edificações ao longo do trecho. A CBTU está sendo oferecida a preço de banana”, avalia Daniel Glória. 
 

 

Paralisação

 
Após o ato, os metroviários realizaram uma assembleia, às 18h30. “A categoria votou pela paralisação do metrô na próxima quarta-feira e também na quinta”, conta Daniel.
 
Segundo ele, no segundo dia de interrupção das atividades acontecerá outro encontro, às 17h30, para definir os rumos da prestação do transporte metroviário na capital mineira. A princípio, o serviço volta ao normal na sexta-feira (7/10). “No entanto, destacamos que novas paralisações não estão descartadas”, complementa o presidente do Sindmetro. 
 
Também ficou definido que no próximo domingo (2/10) – data na qual os brasileiros vão às urnas para escolher presidente da República, governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais – o serviço funcionará com escala de 100% do horário para atender os eleitores. 

A greve da categoria teve início em 25 de agosto, um dia após o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizar a abertura do edital para concessão do serviço. 

Porém, no dia seguinte, a CBTU, que opera o metrô de BH, conseguiu uma liminar para que ele funcionasse com pelo menos 60% da capacidade e com maior intervalo entre as viagens. 



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