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Estado de Minas APÓS INCÊNDIO

Quer doar? Santa Casa de BH obteve só 1/3 do que precisa para reativar CTI

Hospital lançou campanha de financiamento coletivo em busca de verba para reativar ala destruída pelo fogo há três meses, mas arrecadou apenas 34% da meta


27/09/2022 04:00 - atualizado 27/09/2022 06:09

avenida diante do hospital
No dia do incêndio, pacientes precisaram ser removidos às pressas e parte deles foi atendida na avenida diante do hospital (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 27/6/22)

 
As obras para reativação do Centro de Terapia Intensiva (CTI) destruído há três meses por um incêndio na Santa Casa de Belo Horizonte devem começar nos próximos dias. Ainda sem data definida, mas com previsão de início no mês que vem, a reconstrução do local atingido depende de doações. Porém, dos R$ 5,423 milhões colocados como meta, apenas 34% foram arrecadados em financiamento coletivo promovido pela instituição.
 
O incêndio que interditou o CTI começou na noite de 27 de junho, em uma saída de oxigênio de um leito do 10º andar do edifício, na Região Hospitalar. Espantados, pacientes, acompanhantes e funcionários desocuparam todo o local. No momento do incidente, 931 pessoas estavam internadas no hospital, 50 delas no andar atingido pelas chamas.
 
Com o sobressalto, pacientes tiveram que ser removidos e parte deles foi posta em leitos no meio da Avenida Francisco Sales, diante da unidade. Além disso, conforme o diretor Jurídico, de governança e planejamento do hospital, João Costa, na ocasião, 21 pacientes tiveram que ser transferidos para os hospitais João XXIII e São Lucas, e 29 foram remanejados dentro da Santa Casa. Três pessoas que estavam internadas no CTI morreram naquela data, mas, segundo o hospital, as causas não foram ligadas diretamente ao incêndio.
 
De acordo com a instituição, até a segunda-feira (26/9), a campanha Santa Causa havia arrecadado R$ 1,878 milhão, praticamente um terço do valor total estipulado como meta, de R$ 5,423 milhões. Os recursos devem ser usados em obras de recuperação e revitalização, na aquisição de equipamentos e mobiliários e em um novo sistema de climatização do CTI.
 
“A Santa Casa BH está em contato com algumas empresas e associações que podem fazer doações substanciais e contribuir para que a meta seja alcançada. A instituição está otimista em relação às negociações e ao alcance do objetivo”, informou a gestão do hospital filantrópico.
O valor arrecadado será destinado a três áreas, sendo que R$ 455 mil serão dedicados à obra de recuperação, R$ 722,3 mil serão para o sistema de climatização e R$ 4,2 mil para equipamentos e mobiliário.

RECURSOS
 
Quatro dias após o incêndio, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a liberação de R$ 10 milhões para a reativação dos leitos atingidos. Porém, a previsão para que a verba seja entregue é de 12 a 18 meses, e o recurso só poderá ser usado para a compra de equipamentos, não para reparos estruturais.
 
Entre as exigências para que a verba seja entregue estão o detalhamento e cadastramento das propostas relacionadas ao Sistema de Gerenciamento de Equipamentos Médicos (Sigem), do governo federal. Depois disso, o Ministério da Saúde realiza a análise e liberação dos recursos, levando em consideração o processo licitatório para aquisição dos bens.
 
O investimento seria suficiente para cobrir o prejuízo com o incêndio, porém ainda está abaixo dos R$ 16,4 milhões solicitados pelo hospital para a recuperação do andar atingido e investimentos na unidade. Atualmente, o hospital acumula dívida de R$ 260 milhões com bancos e fornecedores.

OBRAS
 
Além da reconstrução da ala de terapia intensiva, o complexo onde fica o Hospital da Santa Casa vai passar por mudanças. Aprovado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte (CDPCM-BH), um Plano Diretor da instituição detalha as obras que serão realizadas em até 10 anos.
 
Segundo Fernanda Paiva Batista, arquiteta do Grupo Santa Casa, o documento apresenta as revitalizações que deverão ser feitas em curto, médio e longo prazos. Entre as programações para os próximos três anos (curto prazo) está a atualização das medidas de acessibilidade do complexo.
Já entre as intervenções que devem ser concluídas na próxima década estão a construção de um novo prédio para o Serviço de Nutrição e Dietética e Nefrologia, além da ampliação do Centro de Pesquisa Clínica e de um novo prédio para a maternidade da instituição.
 
“Nossa previsão é que nestes três primeiros anos ocorram a ampliação do parque tecnológico do Centro de Diagnóstico e a regularização da acessibilidade. Mas, para isso, tivemos que pedir a revisão do tombamento do complexo junto à Prefeitura de Belo Horizonte”, disse a arquiteta do grupo.
 

Como ajudar?


A campanha Santa Causa pode ser acessada pela plataforma Benfeitoria. Além de doar pelo site (mínimo de R$ 10), interessados podem ajudar com qualquer quantia via PIX, no comando Doar por PIX rápido. Para fazer a doação pela plataforma, basta clicar em Apoiar. Depois, selecionar o valor pretendido e adicionar informações pessoais. O pagamento poderá ser feito por boleto, cartão ou PIX. 


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