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Estado de Minas INVESTIGAÇÃO

Polícia investiga morte de sete cachorros por causa de petisco contaminado

Segundo a delegada Danúbia Quadros, são seis mortes em BH e uma em Piumhi. Há ainda duas em São Paulo


01/09/2022 17:42 - atualizado 01/09/2022 18:19

Delegada Danúbia Quadro
Delegada Danúbia Quadros, responsável pelo inquérito policial que investiga a morte dos animais (foto: Mariana Costa/EM/D.A Press)
A Polícia Civil divulgou na tarde desta quinta-feira (1°/9) que investiga as mortes de seis cães - e internações de seis - em Belo Horizonte e um na cidade de Piumhi, na Região Oeste de Minas.

Outras duas mortes que aconteceram em São Paulo vão ser investigadas pela polícia do estado paulista. Há a suspeita de que petiscos com substâncias tóxicas causaram os óbitos.

 

 


“As tutoras procuraram a delegacia, mas foram orientadas a procurar a delegacia em São Paulo. Acabou de chegar a informação de que mais um cachorro morreu em Piumhi. A tutora comprou um petisco em uma loja de Belo Horizonte. O cachorro começou a passar mal, foi internado em BH. Não conseguiu fazer transfusão de sangue na capital, retornou para a cidade do interior de Minas e lá faleceu", disse a delegada Danúbia Quadros, responsável pelo inquérito policial, da Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor.

A delegacia já estava investigando a morte de três cachorros e a internação de outros três de uma mesma tutora de BH. 

“Hoje recebemos mais três relatos, e um deles é de um novo petisco, mas os três petiscos que foram encaminhados para serem periciados são do mesmo fabricante”, declarou a delegada. Segundo ela, os produtos são de lotes diferentes. 

Produtos encaminhados para perícia


Todos os petiscos levados até a delegacia foram encaminhados para a perícia técnico-científico da Polícia Civil. “Aguardamos os laudos em relação aos petiscos. Em relação aos animais que foram encaminhados, pelas tutoras, para a Universidade Federal de Minas Gerais, temos um laudo preliminar sugerindo uma intoxicação desses bichinhos. Aguardamos os laudos dos cachorros”, informou. 
 
O laudo de necrópsia feito pelo Hospital Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou que o estado clínico que levou à morte dos animais é “altamente sugestivo” de intoxicação por etilenoglicol, substância proibida em alimentos. 

A delegada destacou que os animais afetados até o momento são cachorros de pequeno porte, das raças spitz alemão e yorkshire. 

O órgão responsável no Ministério da Agricultura já foi notificado e está fazendo a investigação. “Ele é o responsável pela retirada dos produtos do mercado nacional. Lá eles estão analisando a possibilidade da retirada dos produtos que estão à venda”, relatou.

Ainda de acordo com a delegada, a loja responsável pela venda dos petiscos já retirou os produtos das prateleiras. “Mas os produtos são vendidos em outros sites, em rede nacional. Por isso, é importante a atuação do Ministério da Agricultura para análise e retirada desses produtos do mercado nacional", disse. 

A delegada informou ainda que tanto a loja quanto a fabricante dos petiscos estão prestando as informações necessárias para a investigação do caso: “Precisamos analisar os laudos para concluir se as mortes, internações e intoxicações vieram do consumo desses petiscos".

A orientação para os tutores de animais é de cautela neste momento. “Os tutores com cachorros passando mal, apresentando convulsões, diarreia ou vômito devem procurar atendimento e a delegacia. Não adianta divulgar em grupos, redes sociais, pois não conseguimos aferir se a intoxicação, internação ou a morte se deram em virtude da ingestão deste produto. É importante procurar a delegacia mais próxima para tomada de providência criminal", afirmou. 

Não há previsão para resultado dos laudos. Se comprovada a ligação entre as mortes e os petiscos, os responsáveis podem responder pela venda de mercadoria imprópria para o consumo, com pena de dois a cinco anos e multa. 


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