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Estado de Minas PROTEÇÃO

Frio: ONG acionará PBH para oferecer abrigos a animais em condição de rua

O Movimento Mineiro pelos Direitos Animais afirma que medida deve ser incluída como política pública continuada em Belo Horizonte


17/05/2022 12:02 - atualizado 17/05/2022 12:39

Cachorro em situação de rua
A medida é não somente devido aos últimos dias frios na capital, mas também pela mudança climática como um todo (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
O Movimento Mineiro pelos Direitos Animais (MMDA) vai acionar a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para disponibilizar abrigos para animais de pessoas em situação de rua e instalar casinhas na capital. 

A medida, que não pretende ser apenas emergencial devido aos últimos dias frios em Belo Horizonte, tem o objetivo de ser uma ação política continuada e busca conscientizar, por meio da campanha Bichinho Quentinho, que os animais sentem frio e precisam ser protegidos, afinal, dependendo da temperatura, só o pelo não é suficiente para  resguardá-los.

Adriana Araújo, coordenadora do MMDA, afirma que abrigar os animais é importante, tendo em vista que, assim como os seres humanos, os bichos também sofrem com o frio, podem desenvolver doenças e, até mesmo, morrer de hipotermia. Por isso,  a ação não deve se limitar ao plano emergencial. 

“Diante da mudança climática e o número de pessoas em situação de rua, que aumenta cada dia mais, isso não deve constar como plano emergencial, mas sim como uma política pública continuada da prefeitura”, afirmou.  

A mobilização está associada ao respeito e à qualidade de vida de todos. “Se a gente adoece e morre de frio, isso também acontece com os animais. Além disso, nós intervirmos na natureza dos bichos, já que eles viviam de forma independente. Como os seres humanos bagunçaram tudo, hoje eles são totalmente dependentes para ter o bem-estar garantido”, explica a coordenadora do MMDA. 

Adriana ressalta ainda que as políticas públicas devem ser pautadas pelo conceito de saúde única. “Os animais, os humanos e o meio ambiente devem ser considerados e respeitados com a mesma importância. Porque, se ignorarmos um desses três pilares, os outros não se sustentam. Exemplo disso, foram as tragédias em Mariana e Brumadinho”, disse. 
 
Neste contexto, a coordenadora explica que o cuidado com os animais também está ligado à saúde pública. “Esses bichos também desenvolvem doenças que podem ser transmitidas para os seres humanos, como vimos nos últimos casos de raiva. A doença foi erradicada, mas, nos últimos meses, pessoas morreram por causa da zoonose”, garante. 

Outra questão importante apontada por Adriana é que a iniciativa pode interferir na escolha das pessoas em situação de rua em se abrigar durante as geadas. “É muito comum ver pessoas em situação de rua com animais de estimação. Em muitos casos, esses indivíduos têm somente seus bichinhos como ente afetivo, não têm mais ninguém. Por isso, muitos deles deixam de ir aos abrigos, pois não podem levar animais e não querem perder o vínculo”, conta. 

População também deve se mobilizar 

Enquanto a situação não é resolvida pelas instituições públicas, a coordenadora do MMDA afirma que a população  também pode contribuir. “É muito importante que as pessoas contribua com as ONGs e também possam abrigar nas casas os animas em condição de rua sem tutor. Caso a pessoa não possa manter esses animais durante o período de frio, deixar nas ruas caminhas de papelão, cobertores, água e ração também é uma alternativa”, afirmou. 

Disponibilizar alimentos é um fator que merece atenção, segundo Adriana, pois auxiliam os animais no combate ao frio. “A doação de ração é muito necessário, pois, o alimento auxilia no metabolismo, gerando calor”, explicou.

Ainda de acordo com a coordenadora do MMDA, o isolamento social durante a pandemia impactou bastante na causa animal. “É muito importante que a sociedade apoie a proteção animal. Se a nossa realidade sempre foi pesada, com a pandemia, que trouxe muita morte e desemprego, as condições pioraram. As feiras de adoção, os mutirões de castração, as doações foram interrompidas. Portanto, estamos com uma grande sobrecarga”, contou. 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais 


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