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Estado de Minas AVANÇO DA CEPA

Influenza: primeiro caso de H3N2 é confirmado em Viçosa, na Zona da Mata

Segundo a prefeitura da cidade, o quadro de saúde do paciente de 34 anos é estável


23/12/2021 20:20 - atualizado 23/12/2021 20:21

Pessoa sendo vacinada
Neste ano, em Minas, foram identificadas 147 amostras clínicas com a detecção do vírus Influenza A/H3N2 pela Funed (foto: Imagem ilustrativa - AFP)
O primeiro caso de infecção pelo vírus H3N2 foi confirmado em Viçosa, na Zona da Mata mineira, em uma pessoa de 34 anos. O comunicado foi feito pela prefeitura do município nessa quarta-feira (22/12). Segundo a administração municipal, o quadro de saúde do paciente é estável. Ele se recupera em casa, sob monitoramento da Secretaria de Saúde, informou a pasta à reportagem do Estado de Minas.  
 
De acordo com a prefeitura, amostras de materiais colhidas em pacientes com sintomas gripais negativos para COVID-19 foram encaminhadas à Fundação Ezequiel Dias (Funed) para investigação de possível circulação do vírus H3N2 no município. A Vigilância Epidemiológica recebeu o resultado com a confirmação do primeiro caso positivo na cidade.
 
“Mesmo com letalidade menor que o novo coronavírus, o H3N2 tem mais chances de evoluir para casos graves em grupos de risco (crianças, idosos, gestantes e indivíduos com comorbidades)”, pontua o comunicado do Executivo.
 
Neste ano, em Minas, foram identificadas 147 amostras clínicas com a detecção do vírus Influenza A/H3N2 pela Funed. Os números foram contabilizados até esta quinta-feira (23/12) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
 
Conforme a pasta estadual, as amostras foram detectadas em pacientes de 48 cidades mineiras e nenhum óbito foi registrado. Não há ocorrências de outros subtipos da doença em 2021 no estado.
 
Aumento nos casos de gripe em Belo Horizonte
 
 
Conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde, em 2021, até o último domingo (19/12), foram realizados cerca de 384 mil atendimentos em razão de problemas respiratórios na capital. A situação é de alerta, aponta a secretaria.
 
H3N2, um dos subtipos da Influenza
 
A primeira identificação da nova cepa do vírus Influenza – a H3N2 – no país foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em amostras provenientes da cidade do Rio de Janeiro.
 
Conforme a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), atualmente são conhecidos três tipos de vírus Influenza: A, B e C. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias sazonais em diversas localidades do mundo, enquanto o último costuma provocar alguns casos mais leves.
 
“O tipo A da Influenza é classificado em subtipos, como o A(H1N1) e o A(H3N2). Já o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata. Embora possuam diferenças genéticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrios e fadigas”, explica a fundação.
 
A cepa Darwin (recém-descoberta na Austrália) faz parte do tipo A (H3N2). Nos últimos meses, ela contribuiu para um aumento de casos de gripe em um período atípico no Brasil – que, assim como os países do hemisfério sul, possui uma circulação maior do vírus Influenza no inverno, entre julho e setembro.
 
Sintomas do vírus H3N2
 
Alguns sintomas do H3N2 podem ser confundidos, inicialmente, com uma gripe comum, porém, pacientes relatam que tiveram reações piores quando contraíram a COVID-19, como espirros, tosse, coriza, calafrio, cansaço excessivo, náuseas e vômitos, diarreia (mais frequente em crianças) e moleza.
 
O período de incubação do vírus é de três a cinco dias, quando começa a manifestação dos sintomas. Durante o período de incubação ou em casos de infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença.
 
O período de transmissão do vírus em crianças é de até 14 dias, enquanto nos adultos é de até sete dias.
 
Há diferenças entre os vírus H1N1, H2N3 e H3N2?
 
Não há grandes diferenças entre os vírus H1N1, H2N3 e H3N2 no que diz respeito às doenças que cada um causa, na maneira de se prevenir e no tratamento, explica a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
 
A distinção entre os três subtipos de Influenza está nas proteínas específicas que cada um tem em sua superfície. A H1N1, no entanto, é a que pode levar o paciente à morte devido ao agravamento dos sintomas. Portanto, ela pode ser considerada como um tipo mais agressivo se não tratada adequadamente.


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