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Estado de Minas OUTORGA POLÊMICA

Associação luta na Justiça contra brecha na permissão de uso em Furnas

Ação que tramita na Justiça Federal requer que a cota de permissão para uso de recursos hídricos passe de 750 para 762 metros acima do nível do mar


20/12/2021 18:35 - atualizado 20/12/2021 19:30

Lago de Furnas
Ação na Justiça Federal contesta os níveis do Lago de Furnas, onde fica a Usina de Furnas Centrais Elétricas (foto: Gilson Leite/Esp. EM 22/09/2021)
“As consequências da operação irresponsável do reservatório de Furnas hoje são sentidas por todo o Brasil, seja nas contas de energia, seja no risco iminente de apagão". A fala é do presidente da Unelagos (União dos Empreendedores dos Lagos de Furnas e Peixoto), Thadeu Alencar, sobre uma outorga de 2019 que permite o uso de recursos hídricos do reservatório a partir de 750 metros acima do nível do mar.

"É um absurdo que não podemos admitir, pois este nível representa 0% do lago, é lama pura. Isso é um “cheque em branco” que a Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (ANA) passou para Furnas Centrais Elétricas”, diz o advogado da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), Tiago Amaral Carvalho Cunha, sobre a Outorga n.º 1033/2019.
 
A Alago entrou com uma ação na sexta-feira (17/12), na Comarca de Varginha, para exigir que esse nível mínimo suba para 762 metros acima do nível do mar, o que é previsto na Constituição desde o dia 4 de dezembro de 2020, quando entrou em vigor a Emenda à Constituição do Estado de Minas Gerais n.º 106.
 
O texto tomba, para fins de conservação, os lagos de Furnas e Peixoto, devendo seus níveis serem mantidos em, no mínimo, 762 e 663 metros acima do nível do mar, respectivamente. Este tombamento visa proteger as atividades turísticas, de agricultura e piscicultura, o que impacta diretamente no desenvolvimento sustentável e sócio-econômico da população dos entornos dos lagos. 
 
Segundo Fausto Costa, secretário-executivo da Alago, os municípios sofrem há anos. “Os municípios vêm sofrendo há muito tempo com a baixa do nível do Lago de Furnas, então nós buscamos o apoio da Justiça para garantir direitos”, comenta.
 
A reportagem tentou ouvir a ANA, através de e-mail encaminhado à assessoria de imprensa, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem. Tão logo a agência se manifeste, este texto será atualizado. 


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