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Estado de Minas ATENÇÃO

Defesa Civil alerta para risco de deslizamentos e alagamentos em BH

O alerta de chuva forte é válido até as 8h desta sexta-feira (12/11)


11/11/2021 15:01 - atualizado 13/03/2022 22:49

Trânsito com chuva em Belo Horizonte
Belo Horizonte amanheceu com chuva nesta quinta-feira (11/11) e a previsão é de mais temporais nas próximas horas (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Trânsito lento, quedas de árvores, e risco geológico. A quinta-feira (11/11) começou com chuva constante em Belo Horizonte, o que deve continuar nos próximos dias. Até a madrugada, algumas regiões da capital já haviam registrado mais de 60% da média de chuvas para o mês de novembro. E a previsão, segundo a Defesa Civil da cidade e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é que vem mais água por aí e, com ela, o risco de deslizamentos de terra e até transbordamentos de rios em algumas cidades mineiras.

 

 


No início da manhã, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) divulgou um alerta de pancadas de chuva válido até as 8h de sexta-feira (12/11). A chuva pode ser forte, acompanhada de raios e rajadas de vento ocasionais, com volume previsto entre 40 e 60 milímetros. 
 
Leia também: Defesa Civil sobre chuvas em BH: 'Riscos geológicos estão dentro das casas' 
 
Segundo o balanço da Comdec, de 1º de novembro até as 5h de hoje, a regional com o maior volume de chuva na capital mineira é o Barreiro, onde choveu 158,6 milímetros nesses primeiros dias do mês. O volume é equivalente a 66,1% da média climatológica da capital em novembro, que é de 239,8 milímetros.

Em segundo lugar, está a regional Leste, com 152,2 milímetros de chuva, 63,5% da média esperada. No acumulado de chuva em oito horas – somado até as 5h desta quinta-feira – as duas regiões também aparecem com os maiores volumes.

Mais tarde, um novo aviso. “Em virtude do volume das chuvas previstas para as próximas 48 horas, existe a possibilidade de risco geológico forte até domingo (14). Recomenda-se atenção no grau de saturação do solo, sinais construtivos e cuidados com quedas de muros, deslizamentos e desabamentos”, informou o órgão.

Para proteger a população, a Defesa Civil divulgou alguns sinais de que os deslizamentos podem acontecer. As pessoas devem ficar atentas caso apareçam trincas nas paredes de imóveis, água empoçando no quintal, portas e janelas emperradas e rachaduras no solo. Em alguns casos, é possível ver água minando da base de barrancos e até árvores ou postes começando a ficar inclinados.

Nesse sentido, a Comdec também ressalta o papel da população para evitar esse tipo de incidente, como não jogar lixo, entulho ou esgoto nos barrancos e não fazer queimadas, já que a vegetação tem um papel importante na contenção da terra e na absorção de água. Ela também recomenda que as pessoas coloquem calhas no telhado das casas e consertem vazamentos em reservatórios e caixas d’água.

As estruturas que compõem os imóveis demandam atenção. Em Santa Luzia, na Grande BH, um muro de arrimo caiu, afetando duas casas na Rua Augusto da Silva, Bairro Três Corações. Ninguém ficou ferido. O incidente foi por volta das 7h. Segundo o Corpo de Bombeiros, a chuva pode ser uma das causas. A Defesa Civil foi acionada para avaliar as estruturas das casas.

Ocorrências na capital


Em Belo Horizonte, até o meio-dia, nem a Defesa Civil, nem o Corpo de Bombeiros haviam registrado chamados sobre deslizamentos de terra, mas houve quedas de árvores. Uma delas caiu no cruzamento das avenidas Amazonas e Barbacena, entre os bairros Barro Preto e Santo Agostinho, Região Centro-Sul da capital. O tronco ocupou duas faixas da Barbacena no sentido Centro-Bairro.

Agentes da BHTrans conseguiram tirar a árvore da pista, liberando uma faixa. Às 7h50, uma equipe de poda da prefeitura e militares do Corpo de Bombeiros chegaram ao local para liberar a via.

No Bairro Jardim América, Região Oeste da cidade, outra árvore, de grande porte, caiu na Rua Lindolfo de Azevedo, esquina com a Rua Gávea. Além de interromper o trânsito na via, ela fechou a porta da garagem de um condomínio.

No trânsito, segundo a BHTrans, houve lentidão em algumas das principais vias da capital, como as avenidas Cristiano Machado, José Cândido da Silveira, Raja Gabáglia, Avenida do Contorno, Tereza Cristina e Avenida Nossa Senhora do Carmo. “Redobre os cuidados em dias de chuva: diminua a velocidade, mantenha distância adequada do veículo da frente”, orientou a empresa de trânsito em uma postagem no Twitter.

Estado em “perigo”


Minas Gerais, assim como boa parte do país, aparece em situação classificada como “perigo” segundo o Centro Virtual para Avisos de Eventos Meteorológicos Severos para o Sul da América do Sul (Alert-AS), no site do Inmet. No mapa, todo o estado se encontra sob a faixa laranja. Às 11h, a página atualizou os alertas, que costumam ser válidos por 24 horas.

Segundo o boletim, até as 11h de sexta-feira, todos os municípios do estado podem ter chuvas com volume variando entre 30 e 60 milímetros por hora e até 50 e 100 milímetros por dia, com ventos intensos entre 60 e 100 quilômetros por hora. “Risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas”, diz o alerta.

A situação ainda é mais delicada nos municípios mais próximos da divisa com o Espírito Santo, que se encontra em “grande perigo”, novamente segundo a página de alertas do Instituto Nacional de Meteorologia. O aviso de acumulado de chuva também foi atualizado às 11h, mas termina um pouco mais cedo, às 3h desta sexta-feira. Na região em vermelho, a chuva pode ser acima de 100 milímetros por dia. “Grande risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios, grandes deslizamentos de encostas, em cidades com tais áreas de risco”, diz o texto.

O aviso é válido para metade do Espírito Santo e as cidades mineiras de Aimorés, Ataléia, Cuparaque, Itueta, Mantena, Nanuque, Nova Belém, Resplendor e São João da Manteninha.

Acumulado de chuvas, em milímetros, nas últimas 8 horas. Em 11 de novembro de 2021, às 5h:


Barreiro: 42
Centro Sul: 22,6
Leste: 27,4
Nordeste: 34,4
Noroeste: 24,8
Norte: 18,4
Oeste: 22,2
Pampulha: 22,4
Venda Nova: 15


Acumulado de chuvas, em milímetros, no mês de novembro. Em 11 de novembro de 2021, às 5h:

Barreiro: 158,6 (66,1%)
Centro Sul: 131,3 (54,8%)
Leste: 152,2 (63,5%)
Nordeste: 134,2 (56%)
Noroeste: 136,8 (57%)
Norte: 91,2 (38%)
Oeste: 144,2 (60,1%)
Pampulha: 141 (58,8%)
Venda Nova: 117,4 (49%)

Fonte: Defesa Civil de Belo Horizonte


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