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Estado de Minas QUAL O SEXO DO BEBÊ?

Pai zeloso: Leon redobra proteção a bebê gorila recém-nascido no zoo em BH

Com a chegada de mais um filhote, família chega a oito integrantes; este é o único grupo de gorilas da América do Sul


04/09/2021 13:36 - atualizado 04/09/2021 14:02

(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)

Os chás de revelação, momento para contar para toda a família qual é o sexo do bebê ainda na barriga, se tornaram febre entre mamães e papais que aguardam ansiosos o nascimento.
 
Até por esse costume de antecipar a informação de uma gestação, a primeira pergunta que se faz quando nasce um gorilinha no Jardim Zoológico de BH é qual é o sexo? E o gorilinha de um dia de nascido desperta cuiriosidade.
 
No entanto, entre nossos primos primatas, pode levar um tempinho, inclusive mesdes depois do parto, para ter a informação se é um gorilinha macho ou fêmea. Pode levar até quatro meses para a confirmação, mas em dois meses já é possível ter uma ideia.
 
Na sexta-feira (3/9), nasceu o filhote dos gorilas Leon e Imbi, mais um irmãozinho ou irmãzinha para Jahari, de 6 anos, e Ayo, de 4. Macho alfa, Leon também é pai dos filhotes de Lou Lou: Sawidi, de 7, e Anaya, de 2 anos.
 
"Leon é um pai amoroso. Está sempre cuidando e não deixa o filho para a mãe cuidar", diz o biólogo Humberto Mello, gerente do Jardim Zoológico da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica sobre o comportamento de Leon com os outros filhotes. Por enquanto, o recém-nascido só fica com a mãe, mas o pai dá toda a proteção ao gorilinha.
 

Proteção total

Ninguém chega perto, nem os irmãos, enquanto o filhote está sendo amamentado neste período inicial. Eles se aproximam, querem ver a novidade, a gente percebe alegria do grupo, mas ninguém chega perto", afirma.  
 
Depois de descobrir qual é o sexo do bebê gorila, a fase seguinte é escolher o nome. "A gente ainda não consegue saber. É uma prática nossa, de manejo dos animais, deixar que o bebê fique inteiramente à disposição da mãe. A gente oferece o máximo de autonomia e privacidade para o grupo todo. Observamos, claro!", pontua o biológo.
 
E pelo observado, tudo corre bem. "Nas primeiras horas de observação da equipe, a gente viu que o comportamento de cuidado da mãe com o filhote está 100%. Neste momento, a gente não consegue saber o sexo, porque não temos a intenção de acessar o animal."
 
A estratégia é esperar o bebê começar a andar pelo corpo da mãe para aí a equipe visualizar o sexo. "Depende muito do comportamento do filhote com a mãe, mas acredito que, em dois ou três meses, a gente consegue. Ela esconde. Em três meses, no máximo quatro, teremos certeza."
 
O bebê será amamentado até os três anos e depois começa o processo de substituição do leite materno por outros alimentos. Quando nasce, o bebê também tem que mamar para receber o colostro, importante para dar anticorpos e proteger o recém-nascido.
 
O recinto dos gorilas está todo aberto para os animais. Ela está na parte interna. As laterais do recinto foram fechadas, mas é permitido fazer a visitação pelo túnel, com um número limite de pessoas que podem entrar, mantendo o distanciamento social.

Gorilas: espécie em extinção

A única família de gorilas da América do Sul é composta por oito animais. Leon é o macho alfa, o pai de todos, e as duas fêmeas a Imbi, com o segundo filhote, e a Lou Lou, com três filhotes. "A convivência é muito tranquila. Tivemos a felicidade de ter um grupo muito harmônico. Eles cuidam um do outro." Os irmãos cuidam e brincam com a filhotinha Anaya, de dois anos.
 
O Zoológico de Belo Horizonte tem experiência no cuidado dos gorilas desde 1975. O casal veio da Europa: Leon da Espanha e Imby e Lou Lou do Reino Unido. A espécie dos gorilas está criticamente ameaçada, os animais vivem em alguns pontos da África.
 
Existem zoológicos que fazem parte do programa de preservção da espécie, como o Programa Europeu de Espécies Ameaçadas de Gorilas, do qual o zoo de BH faz parte. "Por isso, Belo Horizonte recebeu esses animais. Já tínhamos uma prática antiga de manejo, com nosso gorila Idi Amin." Não tem outro lugar na América do Sul que tenha gorilas como parte do programa de conservação. 
 
Os gorilas geram fascínio. "É muito da proximidade da espécie com o ser humano. Eles têm muitas relações e comportamentos que são semelhantes. Esse fascínio vem disso. Os chimpanzés, gorilas, orangotangos são espécies de primatas muito próximos da gente. Esse interesse parte muito daí."
 
"Quando nasceu o primeiro filhote, Sawidi, a equipe ficou muito preocupada. Como vai ser? Foi nossa primeira experiência com filhote. Temos experiência muito grande com o cuidado de adulto", diz Humberto. Leon se mostrou um pai exemplar no cuidado. "Colocou o filhotinho novinho no colo e ficou observando. Tem muito carinho. Ali tivemos certeza que estávamos no caminho certo, que é importante para a conservação da espécie." 

Família Gorila

 
LEON
Nascimento: 1998 (23 anos)
Quando chegou ao Zoo de BH: 2013
De onde veio: Espanha

IMBI
Nascimento: 2000 (21 anos)
Quando chegou ao Zoo de BH: 2011
De onde veio: Reino Unido

LOU LOU
Nascimento: 2004 (17 anos)
Quando chegou ao Zoo de BH: 2013
De onde veio: Reino Unido

SAWIDI
Nascimento: 05 de agosto de 2014, no Zoo de BH (7 anos)
Pais: Lou Lou e Leon

JAHARI
Nascimento: 10 de setembro de 2014, no Zoo de BH (6 anos)
Pais: Imbi e Leon

AYO
Nascimento: 8 de maio de 2017, no Zoo de BH (4 anos)
Pais: Imbi e Leon

ANAYA
Nascimento: 8 de junho de 2019, no Zoo de BH (2 anos)
Pais: Lou Lou e Leon

FILHOTE SEM SEXO DEFINIDO
Nascimento: 3 de setembro de 2021, no Zoo de BH (1 dia)
Pais: Imbi e Leon 
 


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