Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

BH precisa de mais 133 mil doses para vacinar pessoas de 50 a 55 anos

Belo Horizonte precisa de 133 mil vacinas contra a COVID-19 para que todos os moradores com idades entre 50 a 55 anos recebam pelo menos a primeira dose da proteção, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SES-MG). Devido à falta das doses, a Prefeitura de Belo Horizonte interrompeu a imunização por faixa etária desde 11 de junho, e ainda não tem previsão para a retomada.





A estagnação na imunidade para o público geral foi tema de uma disputa entre o governo de Minas e a gestão do município, que reclamou do quantitativo repassado pelo estado nas últimas remessas. Segundo o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, entre as capitais brasileiras, BH é a que menos recebe vacinas.

Um levantamento feito pelo Estado de Minas mostrou que a cidade mineira só está à frente, em termos de faixa etária, de Palmas, no Tocantnis, na imunização de sua população. O balanço não considera Fortaleza, no Ceará, que adota outro critério de vacinação.

Enquanto os demais municípios do país avançam na campanha, como o Rio de Janeiro, que já vacina as pessoas de 49 anos, Belo Horizonte segue estagnada. Os moradores de 56 anos foram os últimos contemplados na capital pela imunização por faixa etária, há cerca de duas semanas.





Vale lembrar que os imunizantes que atualmente estão sendo aplicados na cidade (AstraZeneca, CoronaVac, Pfizer) precisam da segunda dose para eficácia, ou seja, o número de doses necessárias para a conclusão do esquema vacinal das pessoas até 50 anos na capital é de 266 mil.

A expectativa é que com a chegada das vacinas da Janssen, de dose única, essa quantidade possa ser reduzida e, assim, acelerar a vacinação na cidade. O primeiro lote com 1,5 milhão de imunizantes da farmacêutica desembarcou no aeroporto de Guarulhos (SP) na terça-feira (22/6).

De acordo com o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, a expectativa é que o estado receba seu percentual dessa remessa a partir desta quarta (23/6), mas não informou o montante. 





Confira a população estimada para cada faixa etária em BH:


  • Cerca de 24 mil pessoas de 55 anos
  • Cerca de 22 mil pessoas de 54 anos
  • Cerca de 21 mil pessoas de 53 anos
  • Cerca de 22 mil pessoas de 52 anos
  • Cerca de 23 mil pessoas de 51 anos
  • Cerca de 21 mil pessoas de 50 anos

No último lote encaminhado pela Secretaria Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG), BH recebeu 49.058 doses, dentre elas, 850 da AstraZeneca, 40.600 da CoronaVac (Butantan/Sinovac Biotech) e 7.608 da Pfizer (Comirnaty).

O quantitativo está sendo usado para imunizar as gestantes e puérperas sem comorbidades e demais públicos que por alguma razão não concluiu o esquema vacinal com a CoronaVac. “A Prefeitura esperava ampliar a vacinação por faixa etária e para lactantes. Porém, devido ao quantitativo disponibilizado ao município ainda não será possível”, disse a PBH em nota.

Maior segurança


Enquanto a vacinação por faixa etária ainda não avança em Belo Horizonte, a administração municipal segue, nesta quarta-feira (23/6), com a campanha para as grávidas e puérperas de qualquer idade e sem comorbidades. Postos fixos e de drive-thru funcionam até às 16h30.





Stafani Fania, de 34 anos, está no quarto mês de gestação do seu segundo filho (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Em meio à desconfiança de parte da população com a eficácia das vacinas contra o coronavírus, Stefani Fania, de 34 anos, imunizada no posto drive-thru do Shopping Boulevard, fala que nunca pensou em não se imunizar. Para ela, principalmente agora com seu segundo filho a caminho, o imunizante significa maior segurança para enfrentar a pandemia.

“É só acompanhar os números. Estatisticamente, o número de pessoas que tiveram algum problema depois de tomar a vacina é infinitamente menor do que o número de mulheres que morrem e não tomaram a vacina. Em nenhum momento não cogitei tomar a vacina”, disse a engenheira civil.

Completando o quarto mês de gestação agora em junho, Stefani relata o sentimento de receber a imunidade ainda durante a gravidez. “A gente sabe que a nossa estatística de morte letal para as puérperas e recém paridas é o dobro das pessoas normais. Então agora é esperança e alívio”, informou.




 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 

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(foto: Hudson Franco/EM/D.A Press)

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