
Segundo a PCMG, em Belo Horizonte, as amostras serão colhidas no Instituto Médico Legal Dr. André Roquette, situado na Rua Diamantina, 214, no Bairro Lagoinha, Região Noroeste da capital. O procedimento é indolor, já que o método utilizado é a análise da saliva.
O serviço será disponibilizado em outros 18 municípios mineiros. São eles: Betim; Vespasiano; Juiz de Fora; Uberaba; Lavras; Divinópolis; Governador Valadares; Uberlândia; Patos de Minas; Montes Claros; Ipatinga; Barbacena; Curvelo; Teófilo Otoni; Unaí; Pouso Alegre; Poços de Caldas e Sete Lagoas. O endereço e o horário de funcionamento dos postos estão disponíveis no site da corporação.
A coleta dispensa agendamento prévio. De acordo com a Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, basta que o familiar compareça aos locais indicados munido da ocorrência de registro de desaparecimento e um documento de identidade que comprove o parentesco com o procurado.
O superintendente de Polícia Técnico-Científica (SPTC), médico-legista Thales Bittencourt de Barcelos, explica que, após o mutirão de coleta, o material obtido será cadastrado em um banco de dados nacional. “No mesmo banco, é inserido material genético de corpos e ossadas de desconhecidos. O objetivo é, então, identificar esses corpos e ossadas, dando respostas aos familiares e auxiliando ainda em questões civis e criminais”, afirma o policial.
Nos últimos seis meses, a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) contabilizou 499 pessoas desaparecidas na capital mineira - 449 foram localizadas. Já no interior, foram 2.213 casos registrados no mesmo período - 1.223 deles foram solucionados. A Sejusp observa que os números não refletem necessariamente a realidade, pois há subnotificação.
Registro precoce
Durante o lançamento da campanha, a Polícia Civil também chamou atenção para a necessidade de registro precoce nos casos de desaparecimento. “Os familiares não devem esperar 24 horas para fazer o boletim; quanto antes essa ocorrência for registrada, mais chances de resolutividade do caso”, alertou a delegada Bianca Landau.

“Outro ponto importante é a necessidade de registro da localização da pessoa que se encontrava desaparecida. Logo que ela for encontrada, ela ou um familiar de primeiro grau deve se dirigir a uma unidade da Polícia Civil ou Militar e, então, notificar essa localização, para que seja possível cessar a divulgação de dados e imagem, bem como mensurar adequadamente o trabalho desempenhado pela PCMG”, complementou.
Como notificar um desaparecimento
Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, estes são são passos para informar as autoridades policiais sobre o desaparecimento de uma pessoa.
- Separe o seu documento de identificação e uma fotografia da pessoa desaparecida
- Se o desaparecimento ocorrer em BH, o solicitante pode comparecer ao prédio da DRPD, localizado na Avenida Brasil, 464, Bairro Santa Efigênia, ou qualquer unidade da PCMG ou da Polícia Militar de Minas Gerais (PM). O atendimento presencial na DRPD vai de 8h30 às 18h30.
- Já no interior, a competência investigativa é da delegacia da cidade onde o fato ocorreu. O cidadão deve procurar a unidade policial mais próxima (Polícia Civil ou Polícia Militar).
- O familiar também pode optar pelo registro por meio da Delegacia Virtual (https://delegaciavirtual.sids.mg.gov.br/sxgn/).
- Após o registro da ocorrência, a PCMG elabora um cartaz de desaparecimento, que é amplamente divulgado na internet, nas redes sociais e na imprensa.
- Localizou um desaparecido? Ligue imediatamente para o número 0800 2828 197.
