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Estado de Minas TRAGÉDIA

Menina morre afogada em caixa d água no quintal de casa

Acidente aconteceu em São Francisco, no Norte de Minas, exatamente 10 anos após ossada humana ter sido encontrada dentro do reservatório que abastece a cidade


13/04/2021 21:14 - atualizado 13/04/2021 22:03

Tragédia aconteceu em São Francisco, banhada pelo rio homônimo(foto: Reprodução de Internet)
Tragédia aconteceu em São Francisco, banhada pelo rio homônimo (foto: Reprodução de Internet)
 

Uma menina de um ano e dois meses morreu após se afogar em uma caixa d'água, no município de São Francisco, no Norte de Minas, nesta desta terça-feira (13/4). A criança estava brincando, quando caiu no reservatório, no quintal da casa da casa da família, localizada no Bairro Jardim das Flores – conhecido popularmente como “Café no Bule”.

 

A fatalidade aconteceu exatamente 10 anos depois que um corpo (já desintegrado) de um homem ter sido encontrado dentro da caixa d'água da Copasa que abastece a população de São Francisco (56,3 mil habitantes), caso que ganhou repercussão nacional.

De acordo com informações da Polícia Militar, na manhã desta terça-feira, a mãe da menina saiu para trabalhar e deixou a criança e casa, na companhia de uma conhecida, que tem um filho da mesma idade.


Segundo testemunhas, as duas crianças brincavam no quintal onde estava a caixa d'água e entraram no reservatório. Pouco depois, o menino saiu e foi em direção à residência. A mulher então percebeu que a menina havia se afogado.


Conseguiu retirá-la da água e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que orientou sobre os procedimentos que deveriam ser adotados para a reanimação da criança, enquanto uma ambulância se deslocava até o local.

 

A Polícia Militar também foi acionada e conduziu a criança até o pronto-socorro do hospital municipal. Mas a garota já chegou sem vida à unidade de saúde.

 

 

Ossada dentro de caixa d'água


Em 7 de abril de 2011, uma ossada humana foi encontrada dentro de uma caixa d'água do sistema de abastecimento da população de São Francisco, situada às margens do rio homônimo.

O caso virou um verdadeiro mistério, pois não era possível identificar sequer o sexo. O episódio gerou pânico entre os moradores da cidade, já que o corpo se desintegrou no meio da água, enviada para as torneiras dos consumidores.

 

 

Na ocasião, a Copasa sustentou não ter havido dano à saúde da população. O argumento da companhia foi que não ocorreu contaminação por causa do cloro e de outros produtos usados no tratamento da água, que eliminam imediatamente qualquer tipo de germe.

Alegou ainda lque o grande volume do reservatório – de 3 milhões de litros – amenizou o problema.

 
O corpo foi identificado um ano depois, após um longo trabalho de investigação. De acordo com a Policia Civil de Januária, foram localizados na caixa d'água os restos mortais de Josmar Cardoso dos Santos, de 38 anos, morador de São Francisco, que sofria de problemas mentais e estava desaparecido desde 3 de maio de 2010.

 

O episódio teve outra consequência, na esfera judicial. Em 2014, O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu ganho de causa a dois moradores de São Francisco para o recebimento de uma indenização da Copasa, no valor original de R$ 3 mil (para cada), “por terem bebido água que passou por um reservatório onde foi jogado um cadáver”.


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