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Estado de Minas COVID-19

Minas adota toque de recolher em duas regiões

Regionais onde estão, entre outras cidades, Uberlândia, Patrocínio e Patos de Minas, passam a ser regidas pelo mais forte estágio do programa Minas Consciente


03/03/2021 16:14 - atualizado 03/03/2021 17:16

Governador Romeu Zema anunciou endurecimento de restrições nesta quarta-feira(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Governador Romeu Zema anunciou endurecimento de restrições nesta quarta-feira (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
O governador Romeu Zema (Novo) anunciou, nesta quarta-feira (3/3), o endurecimento de medidas restritivas contra o novo coronavírus em duas regiões mineiras. Agora, Triângulo Norte e Noroeste passam a ser regidas pela onda roxa do programa Minas Consciente. O estágio, mais duro que o antigo último nível – a onda vermelha –, foi criado em face das dificuldades enfrentadas pelo sistema de saúde em parte do estado.

Entre as cidades atingidas estão Monte Carmelo, Uberlândia, Araguari e Patrocínio, que integram a Triângulo Norte. Na Noroeste estão Patos de Minas e Unaí, entre outras.

Triângulo Sul, Norte e parte da Região Sul, que estão em vermelho, ficam em observação e podem passar para o nível roxo. A nova onda, oficializada nesta terça-feira, não é opcional. Antes, os prefeitos poderiam escolher se o município iria seguir ou não o Minas Consciente.

Agora, a adoção dos protocolos é obrigatória. As medidas entram em vigor nesta quarta (4).

“Estamos falando do colapso da rede de saúde na região. Não é um problema municipal mais. É um problema regional. A prefeitura (das cidades) que estiver na região da onda roxa terá duras restrições quanto às atividades econômicas e horários”, explicou o governador.

A circulação de pessoas e veículos nas localidades fica limitada a serviços essenciais. Entre 20h e 5h, haverá toque de recolher. Pessoas sem máscara não poderão frequentar espaços públicos ou de uso coletivo.

Quem estiver com sintomas de gripe também não pode circular nas ruas, a não ser em caso de deslocamentos para consultas médicas.

Poderão funcionar apenas atividades consideradas essenciais, como os estabelecimentos de alimentação por delivery.

Eventos com aglomerações, ainda que com caráter familiar, estão proibidos. Haverá barreiras sanitárias.

As medidas valem por 15 dias e foram classificadas como “pontuais” por Zema. “Espero que seja suficiente, mas estaremos revendo continuamente o que for necessário. Se daqui dois ou três dias for necessário que uma região migre para a onda roxa, iremos fazer. Estamos falando de necessidade, e não de opção. Não há outro caminho a não ser esse”.

A ideia, segundo o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, é que as duas semanas de onda roxa sirvam para aliviar a sobrecarga imposta à rede de atendimento.

As mudanças no Minas Consciente foram antecipadas pelo Estado de Minas na manhã desta quarta-feira.

Até então, além da fase vermelha (em que apenas serviços essenciais poderiam funcionar), o programa tinha a amarela, de serviços não essenciais de baixo risco; e a verde, que libera atividades de alto risco de contágio.

O programa já foi remodelado uma vez, em julho do ano passado. 

A atualização da iniciativa ocorre após o avanço da pandemia no estado, sobretudo no interior.

Nesta quarta-feira, Minas registrou o segundo maior número de óbitos em 24 horas, com 227 vítimas. A maior taxa foi registrada há menos de um mês, em 10 de fevereiro, quando o novo coronavírus fez 243 vítimas em um só dia.

A vacinação segue em ritmo lento. Ao todo, 635.176 pessoas foram vacinadas contra a doença, sendo que 274.501 receberam a segunda dose do imunizante.

O Plano Nacional de Imunização (PNI) prevê a proteção de ao menos 10 milhões de mineiros. Ou seja: metade da população.

Colapso é temor em diversas localidades


Reportagem do EM apresenta o panorama de sete regiões do estado que enfrentam o pior momento de lotação das unidades de terapia intensiva (UTI): Triângulo, Alto Paranaíba, Noroeste, Sul, Vale do Aço, Norte e Região Central.

Em Uberaba, Uberlândia, Patrocínio, Patos de Minas, Montes Claros, Itajubá, Pouso Alegre, Ipatinga e Mariana, a taxa de uso de leitos hospitalares passa de 90% e alcança a saturação em alguns casos.


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