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Estado de Minas PANDEMIA

Um dia, 80 pacientes de COVID: a exaustão dos médicos de Uberlândia

Cidade tem déficit de 85 profissionais, depois que demanda por atendimento explodiu na cidade devido ao aumento de pacientes infectados pelo coronavírus


03/03/2021 14:10 - atualizado 03/03/2021 14:16

Hospital das Clínicas da UFU: Uberlândia está há dois dias com 100% dos leitos UTI ocupados(foto: Divulgação/UFU)
Hospital das Clínicas da UFU: Uberlândia está há dois dias com 100% dos leitos UTI ocupados (foto: Divulgação/UFU)
A Prefeitura de Uberlândia busca pelo menos 85 profissionais de saúde para não só aumentar a capacidade de atendimento de doentes na rede pública de saúde, mas também para dar descanso aos profissionais que estão na linha de frente do combate à COVID-19.

Depois de seis dias atendendo dentro e fora da cidade, o médico Alessandro Bacelar relatou que apenas na noite dessa terça-feira (3/3) voltou a dormir em casa. “Médicos de unidades de atendimento integrado atendem até 80 pessoas em um dia, para se ter uma ideia. Não há descanso no horário de trabalho”, contou o médico. Ele faz parte do grupo de profissionais de saúde que fazem atendimentos diretos a pacientes COVID e também regulação em Uberlândia e outros cinco Municípios do Triângulo Mineiro.

A rotina, como explica, é de exaustão não só física, como também psicológica. “Não há parada, com isso o cansaço leva o psicológico junto, fora o medo de ter a doença e não ter onde ser atendido”, disse.

Bacelar aponta que os pacientes do entorno de Uberlândia vivem uma situação difícil, pois sabem que a demanda no município já saturou até a rede privada, mas, ao mesmo tempo, essas localidades vizinhas não têm capacidade de assistência secundária ou terciária em muitos casos. Uberlândia acaba se tornando a última opção.

Há ainda relatos de dificuldade de conseguir médicos para atendimento ambulatorial não só em Uberlândia, como nas cidades próximas.

A prefeitura está em busca de, pelo menos, 70 técnicos em enfermagem e 15 médicos intensivistas, mão de obra que não foi encontrada no cadastro de reserva do município.

Ao mesmo tempo, a opinião de Alessandro Bacelar é de que não é possível que sejam criados leitos ao infinito, mas que deve haver um medida de prevenção, como a vacinação em massa. “Não tem como criar leitos para sempre, quando você entra na UTI a média é de 50% (de chances) de óbito”, explicou.
 

Vacinação 


Uberândia já aplicou cerca de 32 mil unidades de vacina contra o coronavírus, sendo quase 19,5 mil em primeira dose e, aproximadamente, 12,5 mil em segunda dose.



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