![Manifestantes contra o racismo percorreram lojas do Carrefour em Belo Horizonte(foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA PRESS) Manifestantes contra o racismo percorreram lojas do Carrefour em Belo Horizonte](https://i.em.com.br/tNt_7nXbH7ds18kuQo6UbEN6nW0=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/11/22/1208642/20201122172848499359i.jpeg)
![Cerca de 100 manifestantes saíram da Praça Sete e seguiram lojas do Carrefour na Rua São Paulo e na Rua GuajajarasAlexandre Gusanshe/EM/D. A.. Press Cerca de 100 manifestantes saíram da Praça Sete e seguiram lojas do Carrefour na Rua São Paulo e na Rua GuajajarasAlexandre Gusanshe/EM/D. A.. Press](https://i.em.com.br/rYeG56gD_UYm7hlw8htjlZJqXqo=/675x/smart/imgsapp.em.com.br/app/foto_127989356258/2020/11/22/7316/20201122210613510280e.jpeg)
A integrante do Quilombo Vermelho Odete Cristina Aristídes de Assis informou que o ato é em protesto contra as empresas capitalistas que promovem o racismo. "As empresas capitalistas perpetuam o racismo. Elas se utilizam racismo para manter o lucro, quando pagam trabalhadores negros com salários menores", afirma.
Ela lembrou que os atos são realizados em todo o Brasil, desde sexta-feira. A jovem destacou que um dos assassinos de Beto Freitas é policial e disse que não é um caso isolado de assinato de uma pessoa negra de forma violenta pela polícia. "Não é um caso isolado. A polícia assassina a juventude negra. Nossa luta é contra a violência e a repressão absurdas. Vamos caminhar até as lojas do Carrefour para mostrar nossa indignação", disse.
![(foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA PRESS)](https://i.em.com.br/6-dOZ8k-mMxzZwx3-Y3CENLgoN0=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/11/22/1208642/20201122173114804182u.jpeg)
A jovem lembrou o assassinato de George Floyd, homem negro asfixiado pela polícia nos Estados Unidos, ato brutal que também foi filmado e viralizou na internet. Desde então, foram realizados inúmeros protestos em todas as partes do mundo, reafirmando que "vidas negras importam."
O skatista e mestre de cerimônia da cultura hip hop Lucas Bicalho, de 19 anos, participou dos protestos por justiça para Beto Freitas. Para ele, é importante barrar a 'onda de racismo' que vem de muito tempo no Brasil. "Em todo jornal, na TV ou site, sempre vemos a morte de jovem preto", afirma. Por ser skatista e fazer parte da cultura de rua, ele diz que sofre com a opressão pela polícia e empresas capitalistas.
![(foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA PRESS)](https://i.em.com.br/XSBDbGcMiHZU5qjYvkwIZ0_IzTg=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/11/22/1208642/20201122172959253120o.jpeg)
"Esses assassinatos não podem ficar impunes. Não podem passar em branco", afirmou. O jovem rebateu o argumento que algumas pessoas usam para justificar o assassinato. "Dizem que a vítima tinha antecedente criminal. Mas quem vai ao supermercado não tem sua ficha criminal marcada na testa. A pessoa tem que ter a segurança de ir ao supermercado e não morrer", completou.
Lucas reafirmou que as pessoas não podem ser condenadas pela cor da pele. "Muito triste ser julgado por sua própria pele. A pele mais escura é vista como inimiga do estado, inimiga das empresas capitalistas."
Um dia depois do assassinato de Beto Freitas, o CEO global do Carrefour, o francês Alexandre Bompard, afirmou que a empresa "não compactua com racismo e violência" e que pediu ao Grupo Carrefour Brasil que "seja realizada uma revisão completa das ações de treinamento dos colaboradores e de terceiros no que diz respeito à segurança, respeito à diversidade e dos valores de respeito e repúdio à intolerância."