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COVID-19: casos em Sete Lagoas mantêm estabilidade após abertura do comércio

Apesar do temor de descontrole da doença com o maior fluxo de pessoas nas ruas, a cidade permanece com média de 30 novos casos confirmados da doença por dia


09/09/2020 17:28 - atualizado 09/09/2020 17:49

Comércio em Sete Lagoas reabriu em meados de agosto e, desde lá, casos positivos diários se mantêm estáveis(foto: Gabriel Felice)
Comércio em Sete Lagoas reabriu em meados de agosto e, desde lá, casos positivos diários se mantêm estáveis (foto: Gabriel Felice)
Vinte e três dias após a transição para a onda amarela e a consequente permissão de reabertura de diversas atividades comerciais, entre elas salões de beleza, shoppings e academias de ginástica, Sete Lagoas, cidade localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, viu os números referentes à COVID-19 crescerem de forma estável, mesmo com o maior fluxo de pessoas nas ruas.

De acordo com informações dos boletins epidemiológicos municipais, entre 17 de agosto e 9 de setembro houve um crescimento de 52,8% nos casos confirmados de coronavírus. O número de positivados passou de 1.332 para 2.035, uma média de 30 novos casos por dia. 

Já no mesmo intervalo de tempo anterior à reabertura do comércio, entre 25 de julho e 16 de agosto, os casos confirmados saltaram expressivos 105%, passando de 650 para 1.332. No entanto, a média diária se manteve em 29 novos positivados.

A mesma estabilidade se dá em relação ao índice de ocupação dos leitos e com a taxa de letalidade, que em meados de agosto estava em 1,73% e agora se encontra em 1,82%. Os números de Sete Lagoas são menores que os do estado, que registra taxa de 2,48%, do país, que hoje é de 3,06%, e de outras cidades mineiras com população semelhante, entre 220 mil e 280 mil habitantes.

Em Divinópolis, por exemplo, o índice de mortes por contaminados é de 3,88% (1.132 contaminados e 44 óbitos); em Governador Valadares é de 3,34% (6.538 contaminados e 219 óbitos); em Ipatinga é de 2,09% (7.844 contaminados e 164 óbitos); e em Santa Luzia é de 4,52% (1.681 contaminados e 76 óbitos).

Em relação à ocupação dos leitos de UTI, a cidade possuía 27% de ocupação dos leitos públicos e privados em 17 de agosto e agora esse número é de 22,9%.

Para o secretário municipal de Saúde, Flávio Pimenta, o segredo nesta progressão gradativa da doença se dá muito pela educação da população e dos lojistas.

"A gente tem feito uma análise técnica e científica dessa abordagem desde o início da pandemia. Num primeiro momento, mesmo com as lojas fechadas, a gente teve um nível de circulação grande da população principalmente nos bancos. Isso teve uma grande repercussão na transmissão da doença enquanto as lojas estavam paradas. A doença tem seu curso natural e o que tem contribuído em Sete Lagoas é a educação da população e dos lojistas. Os comerciantes ajudaram muito na circulação das pessoas. De maneira geral a população entendeu, o comportamento sanitário foi bem aceito. Há uma adesão bem favorável. O segredo é um conjunto, da boa assistência de cidade e da educação da população e dos lojistas."

O secretário ressaltou ainda que todos os passos dados pelo governo no enfrentamento da pandemia foram discutidos com a população e com os comerciantes por meio de um comitê de combate à crise.

"Desde o fechamento do comércio, em março, que nos reunimos com os lojistas para que houvesse um entendimento de parceria, de colaboração. Tivemos um comitê de crise, formado por vários segmentos da sociedade, que podiam se manifestar. Então, a todo tempo deixamos o diálogo amplo", ressaltou Pimenta.

Outros dados

De acordo com o boletim epidemiológico municipal desta quarta-feira (9), os casos suspeitos de síndrome gripal inespecífica tiveram alta de 1,34% nas últimas 24 horas, com 1.287 pessoas sendo monitoradas pela Secretaria Municipal de Saúde e 6.721 exames negativos para COVID-19 desde o início da pandemia.

O número de casos positivos agora é de 2.035, com a confirmação de mais 47 contaminações: 29 mulheres e 18 homens. Entre os contaminados, 26 se encontram internados, 89 se recuperam em isolamento domiciliar e 1.883, ou seja, 92,5%, já curados. A cidade segue com 37 óbitos desde o início da pandemia. 

Os hospitais de Sete Lagoas têm hoje 43 pacientes internados com Síndrome Respiratória Aguda Grave, 29 deles em enfermaria e 14 em UTI. A taxa de ocupação de leitos de UTI específicos para COVID-19 na cidade, somando-se os do SUS e os da saúde suplementar, está hoje em 22,9%. Entre os 14 pacientes internados em UTI, 11 são de Sete Lagoas. Os demais são de Paraopeba, Jequitibá e Inhaúma.

O laboratório municipal de Sete Lagoas, que realiza testes de COVID-19 para 25 municípios da região, divulgou entre 1º e 9 de setembro 890 resultados de testes, entre positivos e negativos, apenas de moradores da cidade. Isso representa uma média de 150 testes diários, levando-se em conta apenas os dias úteis.


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