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Estado de Minas PANDEMIA AFETA EDUCAÇÃO

Escolas planejam retorno e se dizem alinhadas às autoridades de saúde

Sindicatos de professores e de escolas particulares de BH aguardam diretrizes dos órgãos de saúde para planejar o regresso dos alunos


17/06/2020 23:12 - atualizado 17/06/2020 23:28

Sala de aula do Coleguium antes da pandemia. Rede decidiu se preparar com antecedência com base em experiências no resto do mundo(foto: Divulgacao/Coleguium - 08/01/2020)
Sala de aula do Coleguium antes da pandemia. Rede decidiu se preparar com antecedência com base em experiências no resto do mundo (foto: Divulgacao/Coleguium - 08/01/2020)

 
Colégios da rede privada em Belo Horizonte se organizam para planejar a retomada das aulas presenciais com protocolos sanitários. Ainda sem data prevista para o retorno dos alunos à sala de aula, representantes de sindicatos de professores e das escolas particulares alertam que não é momento de pensar em aglomerações, mas de se preocupar com saúde pública.

De acordo com o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro), existe um acordo com o Ministério Público que prevê volta às aulas apenas com autorização dos órgãos competentes – Comitê Estadual de Combate à COVID-19.
 
"O comitê deve estipular protocolos. É agora? Não sei. Se será hoje, em agosto ou outubro, não sabemos. O que sabemos é que a curva (número de casos confirmados de coronavírus) não está diminuindo”, disse a presidenta do Sinpro, Valéria Morato.

Para Valéria, o impulsionamento de alguns grupos independentes da rede particular para uma volta das aulas antes mesmo da rede pública pode influenciar ainda mais na desigualdade estudantil do país.
 
"Não podemos abrir escolas, a não ser que o comitê diga que pode, aí tem que liberar escola pública e privada. A escola privada é uma opção dos pais, mas não pode servir para criar um abismo social já existente na sociedade”, disse.
 

Pandemia preocupa 


O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) também se diz alinhado com as decisões das autoridades em saúde e pede aproximação das frentes organizadas por donos de colégios que pedem o retorno das atividades presenciais de ensino.

“Essas ações desconectadas em nada vão levar. Sabemos das dificuldades das escolas, temos noção de tudo que estão passando, mas é preciso ter uma diretriz. Quem dá essa diretriz é o sindicato. Não somos contra grupo nenhum, mas a gente não faz nenhum tipo de ação que vai contra esse momento crítico da pandemia”, explica a presidenta do Sinep, Zuleica Reis Ávila.

De acordo com Zuleica, o sindicato já esteve com o governador Romeu Zema (Novo), que sinalizou que o comitê ainda não iniciou reuniões para discutir o retorno das escolas.
 
A presidenta também afirmou que está solicitando articulação com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). “Não estou de braços cruzados esperando as coisas acontecerem. Sei o quanto as escolas estão sofrendo. Sei que é difícil. Mas estamos tentando as estratégias para que todos tenham diretrizes para seguir”, explica Zuleica.
 
“Temos que esperar os órgãos competentes. O comitê não está discutindo ainda retorno das aulas. Nossa intenção não é ter embate com os órgãos públicos, temos contato não para pressionar, mas para nos colocarmos à disposição do diálogo.”

Segundo a presidenta do Sinep, a preocupação com o momento de pandemia ainda é latente. “Acho que o momento ainda é tenso. O que temos que ter nessa hora é união, objetividade, diretriz, acompanhar o controle da pandemia no estado para ajudar a encontrar saída e voltar na hora certa e com segurança”, conclui.

Preparação antecipada


Mesmo ainda sem diretrizes estabelecidas pelos órgãos públicos, alguns colégios particulares já se preparam para a volta dos alunos. É o caso do Coleguium Rede de Ensino, que começou a estudar um plano de retomada para as 19 unidades no fim de abril para quando houver autorização de funcionamento, não haja demora no planejamento.
 
"Partimos para uma análise das escolas no mundo que já estavam retomando as atividades presenciais. A partir dessas experiências de outras instituições no mundo, nós começamos a elaborar o nosso planejamento”, conta Alessandra Dias, diretora pedagógica da rede particular de ensino.

A instituição definiu pilares operacionais e pedagógicos que seriam essenciais para esse retorno. No projeto, que ainda está em desenvolvimento, é levado em conta a estrutura física das unidades, a quantidade de alunos e a possibilidade de distanciamento, higiene e monitoramento. “Temos que voltar de forma organizada e segura”, disse Alessandra.

A diretora pedagógica explica que não há pressão para retorno prematuro das aulas no espaço físico do colégio, mas que decidiram se preparar com antecedência para evitar atraso quando o comitê liberar a abertura dos portões escolares.
 
"Estamos respeitando o momento de aguardar decisões das autoridades. Preferimos voltar num momento adequado do que retornar agora e colocar tudo a perder”, afirma a coordenadora.
 
Segundo ela, o colégio não trabalha com previsão para a retomada oficial. “Essa especulação mais atrapalha do que contribui para a comunidade local", finaliza.


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