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Estado de Minas COLETIVA

Saúde mantém indicação da cloroquina apenas para casos graves em MG

Secretário diz que não vai adotar novo protocolo de uso da substância anunciado pelo Ministério da Saúde, mas evitou se posicionar sobre saída de Teich da pasta


postado em 18/05/2020 12:33 / atualizado em 19/05/2020 07:21



O Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, afirmou, nesta segunda-feira (18), que a hidroxicloroquina continuará sendo recomendada no estado apenas nos casos graves de COVID-19. Na última sexta-feira (15), o Ministério da Saúde divulgou uma nota informando que a droga, usada no combate à malária e doenças autoimunes, será, em breve, oficialmente indicada também para o tratamento de quadros leves de infecção pelo novo coronavírus. A decisão contraria estudos recentes que apontam que a substância não é eficaz contra a doença , além de estar associada ao aumento de mortes entre os pacientes que a utilizaram. 
 

"O que nós temos em Minas Gerais é um protocolo assistencial. Neste protocolo, nós temos a recomendação de, baseado na avaliação médica, poder fazer o uso da hidroxicloroquina nos casos graves, conforme foi orientado (antes) pelo Ministério da Saúde", disse Amaral. 

O secretário, contudo, se esquivou quando questionado sobre o que pensa a respeito do cenário instaurado no Brasil com a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde, que pediu demissão na última sexta (15), permanecendo menos de um mês no cargo. Citando o governador Romeu Zema (sem partido), Amaral se ateve a dizer que está focado em seu trabalho em Minas e que pretende manter a boa reação com o governo federal. 


Testagem


A despeito dos alertas de pesquisadores das federais de Minas e de Ouro Preto, que chamam atenção para o perigo da flexibilização do isolamento social diante do baixo índice de testagem do estado - 78 testes para cada 100 mil habitantes, a segunda menor taxa do Brasil - o dirigente segue firme na defesa do programa Minas Consciente. Liberado em 30 de abril às prefeituras mineiras, o projeto coordena a retomada gradual das atividades econômicas no estado. 

Amaral reafirmou a confiança na estratégia adotada pela secretaria para medir a expansão da pandemia em Minas - calcada sobretudo, na ocupação de leitos de UTI. Ele reforçou também sua avaliação feita na última quinta (14) à imprensa de que não é o momento de ampliar a testagem da população mineira.   

"Recebemos esses testes do Ministério da Saúde (...) e é importante acompanharmos e preservarmos esses exames, para que não faltem no futuro. Nos parece que seja precoce, neste momento, testarmos demasiadamente a sociedade, de forma que não haja impacto tão grande nas mudanças de conduta que estamos tendo", defendeu.



Dados oficiais do governo estadual, publicados nesta segunda (18), apontam 161 mortes e 4.695 infectados pelo novo coronavírus em Minas Gerais

Dados removidos

Há cinco  dias, o boletim da SES-MG optou por parar de divulgar o total de casos suspeitos, o que dificulta para a imprensa e para a população, em geral, acompanhar quantas notificações são efetivamente testadas. Na última quarta (13), o índice de testagem era próximo de 11% das notificações. Questionada pelo Estado de Minas, a SES-MG nega que a ausência dessa informação fira qualquer princípio de transparência. O órgão alega que retirou o indicador do informe epidemiológico porque ele "não preenche, em sua integralidade, critério para investigação laboratorial". 

A SES-MG esclareceu ainda que quais são os grupos testados em Minas. São eles: 

  • amostras provenientes de unidades sentinelas com síndrome gripal ou com síndrome respiratória grave; 
  • todos os casos de síndrome respiratória aguda grave hospitalizados; 
  • todos os óbitos suspeitos
  • profissionais de saúde e de segurança pública sintomáticos
  • De uma forma amostral, públicos de unidades fechadas em situação de surto, como asilos e hospitais.



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