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Estado de Minas

'Focar na testagem é uma visão míope', diz secretário de Saúde

Carlos Eduardo Amaral não vê ausência de um plano de testagem no estado como impedimento à retomada gradual da economia mineira


postado em 14/05/2020 12:30 / atualizado em 14/05/2020 21:26



O Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, afirmou nesta quinta-feira (14) que reconhece a qualidade das análises produzidas nas federais de Ouro Preto e Minas Gerais, que alertam para perigo da flexibilização do isolamento social no estado diante da subnotificação de casos de COVID-19, decorrente da baixa testagem. Entretanto, na contramão dessa mesma literatura científica, considera que os indicadores utilizados pelo governo para medir a extensão da pandemia - ocupação de leitos de UTI e incidência de quadros respiratórios graves - são confiáveis e garantem a segurança da execução do programa Minas Consciente. Em vigor desde 30 de abril, a iniciativa fixa protocolos para a retomada gradual das atividades econômicas nos municípios mineiros. 

“Vejo muitas pessoas focando na testagem como se ela fosse a única forma de ter monitoramento do que está acontecendo na sociedade em relação à pandemia. Temos uma avaliação multimodal. Focar somente na testagem me parece que é uma visão míope. É importante que todos entendam que testar faz parte da estratégia que nós temos, mas o principal objetivo, a que se destina todo o preparo da Secretaria de Estado de Minas Gerais, é a estruturação das redes de saúde e assistência”, argumentou o dirigente na coletiva virtual desta quinta-feira (14). 

Amaral avalia que ainda não é o momento de iniciar os exames em larga escala -  método que consta na lista da Organização Mundial de Saúde (OMS) de critérios a serem cumpridos antes do afrouxamento da quarentena. De acordo com o secretário, a técnica ainda está sendo estudada por suas equipes, levando em conta sobretudo a limitada disponibilidade de kits no país. 

"Nós estamos monitorando os leitos ocupados e aqueles ocupados com (pacientes) suspeitos de COVID-19 diariamente. Esse monitoramento é bastante confiável porque nós fazemos isso há muitos anos no estado. Ou seja: temos experiência, equipe treinada e dados bem confiáveis. E, nesse sentido, não há aumento significativo da COVID-19 (que impeça a implementação do protocolo de reabertura)", defendeu.



Na visão do chefe da pasta da Saúde, o programa Minas Consciente não trata da flexibilização do isolamento social, mas do que ele chamou de  “coordenação” e “adequação da medida. “O que nós queremos é que os municípios se atenham ao programa, prestem atenção às nossas ondas, para que possamos ter medidas adequadas, dimensionamento de leitos adequado”, ressaltou. 

Pico

Nova projeção realizada pela secretaria de Saúde aponta que o pico da pandemia em Minas Gerais foi adiado para 9 de junho - um dia mais em relação à previsão anterior. O prognóstico do total de infectados no estado inclui dois cálculos: o “padrão Brasil”, com 2.916 casos confirmados, e o “padrão Minas Gerais”, significativamente menor, com 2.046 infecções. 

A projeção de ocupação de leitos mineiros de terapia intensiva segue a mesma linha: 1,6 mil no padrão Brasil e de 1.140 no padrão Minas Gerais.


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