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Estado de Minas REABERTURA GRADUAL

Kalil recebe nesta quinta protocolo de segurança sugerido por academias

Projeto elaborado por professores de luta, alunos e donos de academias será entregue ao prefeito de BH e expectativa é de liberação gradual das atividades


postado em 13/05/2020 16:35 / atualizado em 13/05/2020 19:22

Lutadores de artes maciais e professores estão sem exercer suas atividades de 20 de março, quando a prefeitura de Belo Horizonte decretou o fechamento das academias(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Lutadores de artes maciais e professores estão sem exercer suas atividades de 20 de março, quando a prefeitura de Belo Horizonte decretou o fechamento das academias (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Atletas de artes marciais, fisiculturistas e proprietários de academia se reuniram na tarde desta quarta-feira para fazer um apelo ao prefeito Alexandre Kalil (PSD): o segmento quer voltar às atividades o quanto antes, evitando o agravamento da crise financeira e outros prejuízos ao meio durante o período de coronavírus.

Lideranças da área elaboraram um protocolo de segurança contra a COVID-19 para ser entregue nesta quinta-feira para análise do prefeito e dos secretários. O objetivo é retomar as atividades gradualmente até a pandemia ser amenizada na capital mineira.  
 
As academias estão fechadas desde 20 de março, quando Kalil emitiu decreto radicalizando medidas de isolamento social na capital mineira. Nesta terça-feira, o prefeito reiterou que os estabelecimentos – assim como os salões de beleza – não terão data para voltarem a funcionar.

Aqueles que não cumprirem a ordem municipal poderá sofrer punição administrativa, civil e penal. A fiscalização tem sido feita pela Guarda Municipal, que tem a incumbência de recolher o alvará de localização e funcionamento das empresas.

O protocolo a ser apresentado à prefeitura prevê distanciamento de 3m a 4m a cada dupla que estiver em treinamento, alternância dos aparelhos e desinfecção permanente, rodízio ao longo da semana e controle de presença, além da redução e limitação de horários. Álcool em gel e máscaras se tornam itens obrigatórios, exceto para quem estiver em ação no treinamento. 
 
Campeão mundial de jiu-jítsu, lutador Aldo Caveirinha é um dos que defendem a liberação das academias(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Campeão mundial de jiu-jítsu, lutador Aldo Caveirinha é um dos que defendem a liberação das academias (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 
O coordenador-geral da Federação Fight de Belo Horizonte, Ricardo Costa, entende que a paralisação do serviço trouxe muitos danos: “Esses meninos que lutam quase sempre trabalham com segurança de eventos. E não estamos tendo nenhum evento em virtude do coronavírus. Há a possibilidade de voltarmos com tranquilidade, tanto as academias de luta quanto as de musculação”.

Em Belo Horizonte, mais de 800 academias estão sem abrir as portas desde março, o que causou impacto direto no trabalho de 4 mil profissionais e pelo menos 80 mil alunos. Com as competições paralisadas, a preparação individual dos lutadores ficou comprometida desde então. 

“A perda é irreparável, tanto financeiramente, quanto mentalmente. Não tem como mencionar agora, mas estamos animados com essa reunião. É um passo importante para que todos nós possamos ter uma abertura saudável”, avalia o professor e lutador Aldo Caveirinha, presidente da Federação Mineira de Jiu-Jítsu e campeão mundial na categoria.

Ele entende que os atletas podem competir sem risco à saúde. “O primeiro passo é nos reunirmos para falar sobre a reabertura das academias. O coronavírus mexe com a vida de todo mundo. Sabemos que a saúde mental está em primeiro lugar. Alguns países já liberaram a atividade, e o Brasil está travado. Entendemos que há uma briga política em torno do assunto, e isso não é legal para o povo. A arte marcial faz bem para o povo”.
 

Risco de falência 

Dono de uma rede de academias de musculação e ginástica na capital, o empresário Fernando Roberto dos Santos não vê outra alternativa senão voltar a trabalhar logo: “Estamos à beira da falência. Não estamos conseguindo negociar aluguel, nem todas as contas conseguirmos postergar. Se até julho não reabrirmos novamente as academias, vou ter de decretar falência”. 

O empreendedor diz entender que a liberação deve vir aos poucos, sem risco para quem está treinando: “Entendemos que o primeiro momento deve liberar a parte de musculação, porque conseguimos ter o controle de distanciamento dos equipamentos, com o uso de álcool em gel e máscaras. Temos um sistema de ar adequado. Depois, podemos evoluir para as aulas coletivas”.


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