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Estado de Minas NORTE DE MINAS

Museu da Cachaça de Salinas é fechado para reformas

Obras de adequação estrutural vão oferecer maior conforto e segurança ao museu da 'capital da cachaça'. Recurso usado ultrapassa os R$ 266 mil


03/03/2023 14:54 - atualizado 03/03/2023 15:30

Fachada do Museu da Cachaça de Salinas
Museu foi inaugurado em 2012 e custou ao governo de Minas, na época, R$ 4 milhões (foto: Junia Mortimer/Divulgação)
O Museu da Cachaça de Salinas, no Norte de Minas, foi fechado em de fevereiro para reformas de adequação estrutural, com custos que ultrapassam os R$ 266 mil. Inaugurado em 2012, o museu é um dos principais pontos turísticos do município e recebe mais de 200 visitantes mensalmente.

As intervenções são necessárias devido às chuvas que atingiram Salinas nos últimos meses. Em 26 de janeiro, a “capital da cachaça” chegou a ficar sem água potável por causa de um temporal que danificou o sistema de abastecimento do município. Naquele dia, em sete horas choveu 82 milímetros, causando transtornos na cidade.

“Com as fortes chuvas, a gente teve uma infiltração que deteriorou parte das paredes e do teto”, explica Renilde Alves Ferreira, diretora do Museu da Cachaça de Salinas, que também atribui a necessidade de reformas ao desgaste provocado pela ação do tempo.

As obras englobam desde ações mais gerais, como a pintura e a instalação de pingadeiras em platibandas - um acabamento para evitar que a água da chuva escorra pelas paredes -, até manutenções pontuais como a substituição de esquadrias danificadas, reformulação de telhados, reforma de forros de gesso, substituição de itens de combate a incêndio e pânico etc. A previsão é que o Museu seja reaberto ao público em maio ou junho.

Para Renilde, a reforma é de extrema importância para os visitantes e novos turistas do Museu da Cachaça. "Em alguns pontos em termos de segurança estava até perigoso. Agora com a reforma vamos melhorar a visibilidade do espaço para maior segurança e conforto de todos os visitantes”, afirma a diretora.

O Museu da Cachaça

Sala com diversas garrafas de cachaça
Museu da Cachaça vai passar por readequações na estrutura (foto: Junia Mortimer/Divulgação)
O espaço cultural foi instalado em um terreno de 13.120m², sendo 2.200m² de área construída em projeto da arquiteta Jô Vasconcellos com colaboração de profissionais da museologia. Na época, custou R$ 4 milhões ao Governo de Minas.

A exposição é distribuída entre nove salas, sendo o hall de entrada, sala dos Canaviais, das Garrafas, do Engenho, do Moinho, do Aroma, sala multiuso, de Terra Batida e de Depoimentos.

Fechado durante a pandemia, o museu foi reaberto em julho do ano passado durante o Festival da Cachaça, quando recebeu cerca de 1.500 visitantes durante os três dias do evento. Por outro lado, para o presidente da Expocachaça, José Lucio Mendes, o equipamento precisa de mais eventos para se tornar relevante e valer o investimento feito na construção.

“O governo fez um investimento pesado na época. Mas não há como você manter uma estrutura dessa funcionando, se ela não tiver uma programação que mantenha o público. Tem o Festival da Cachaça na cidade, mas o museu não tem muita projeção nem muita importância nesse processo”, disse José Mendes, que observou a falta de infraestrutura de Salinas para o turismo.

“Salinas é muito afastada e não é fácil chegar lá. A cidade ainda não tem uma estrutura hoteleira para sustentar o grande movimento de público, nem um calendário de eventos”, afirma o presidente da Expocachaça.

Entre julho e dezembro de 2022, o museu registrou 3.400 visitantes, uma média de 566 visitantes mensais, o que corresponde a um aumento de 183% em relação à média usual de 200 visitantes.

Cachaça de Salinas

O município de Salinas é o maior produtor de Cachaça de Minas Gerais, com 16 cachaçarias. Não à toa, o município voltou a ser destaque internacional com a tradicional Seleta sendo medalhista de ouro em uma competição de destilados realizada em Londres.

A cachaça Antônio Rodrigues, descrita como 'jóia líquida', é uma edição limitada da empresa que foi envelhecida em carvalho por sete anos. A aguardente homenageia o proprietário e fundador da Seleta, instalada em Salinas desde 1980.

José Lucio explica que a premiação é de extrema importância para o setor. “As medalhas tem um papel de referência para os consumidores. Para o produtor é uma distinção que mostra que o produto tem um diferencial competitivo. É uma qualidade que rivaliza com os melhores destilados distribuídos no mundo, como a vodka”, completou.

*Estagiário sob supervisão 


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