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Estado de Minas CORONAVÍRUS NO BRASIL

Mortes em casa crescem 18% em Minas; casos em BH sobem quase 40%

Óbitos domiciliares no estado e na capital ficaram acima da média nacional em mesmo período comparado de 2019 e 2020


postado em 07/05/2020 19:19 / atualizado em 07/05/2020 23:30

(foto: Michael Dantas/AFP)
(foto: Michael Dantas/AFP)
O número de pessoas que morreram em casa em Minas Gerais desde a confirmação do primeiro caso de COVID-19 no país aumentou 18,6%, segundo informações do portal da transparência da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil (Arpen-Brasil). Em Belo Horizonte, a elevação é ainda maior, com salto de 39,8%.
 
Desde o dia 26 de fevereiro, quando o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus no Brasil, até o dia 27 de abril, os cartórios mineiros registraram 646 óbitos domiciliares a mais que no mesmo período do ano passado. Foram 4.112 em 2020 contra um total de 3.466 em 2019 nesses mesmos dois meses.
 
Foram desconsiderados os dados dos últimos 10 dias, pois, de acordo com a Arpen-Brasil. É que as informações são baseadas nos documentos médicos enviados aos cartórios regionais para lavrar os óbitos, e esse procedimento pode levar de 5 a 10 dias para entrar no sistema nacional. A plataforma foi apresentada pela associação nesta quinta-feira.
 
Segundo os dados do portal da transparência, houve alta em 19 dos 27 estados e em 20 capitais. E a situação de Belo Horizonte foi ainda mais marcante. No período, em 2020, a capital mineira teve 621 mortes em casa, contra 444 em 2019 - alta de 39,8%.
 
A variação, tanto do estado quanto da capital, está acima da relatada pelas médias nacionais. O número de mortes ocorridas em residência no país aumentou 14,7% no período analisado deste ano em relação a 2019. O estado do Amazonas foi onde mais se registrou a discrepância, com alta de 94,7% nas declarações de óbitos ocorridos no domicílio.
 
A alta na média das capitais foi maior, segundo o registro dos cartórios. Considerando 25 capitais e Brasília - os números de Campo Grande não foram informados -, o resultado subiu 31,7%. Belém (360%), Porto Velho (157%) e Manaus (120%) apresentaram as maiores diferenças. Em Belo Horizonte, foram 621 ocorrências em 2020, contra 444 em 2019.
 
No ano passado, 20,8% dos óbitos em domicílio ocorreram nas capitais. Neste ano, o índice subiu para 23,9%. Ainda considerando os dois meses analisados, o país teve alta de 2,2% no número de brasileiros que morreram em casa, passando de 17,6% em 2019 para 19,8% em 2020.
 
O Portal da Transparência registra as informações enviadas pelos cartórios sobre as declarações de óbito. Além das mortes em domicílio, é possível analisar mortes em hospitais, via pública e outros. Há também a notificação da causa da morte ligada à pandemia (COVID-19, Síndrome respiratória aguda grave, Pneumonia, Insuficiência Respiratória, Septicemia, Indeterminada e Demais óbitos), além de gráficos detalhados por período, localidade, faixa etária e sexo.


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