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Estado de Minas

Achatamento da curva de casos desafoga UTIs em Minas

Estado tem taxa de ocupação de 4% dos leitos de UTIs reservados a pacientes com coronavírus


postado em 27/04/2020 06:00 / atualizado em 27/04/2020 07:25

Hospital de campanha, na Expominas, com capacidade para 900 pacientes: isolamento social ajudou a desacelerar contágios (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Hospital de campanha, na Expominas, com capacidade para 900 pacientes: isolamento social ajudou a desacelerar contágios (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)

A manutenção de uma curva achatada de proliferação de casos da COVID-19 em Minas Gerais tem se refletido positivamente nas internações mais graves. Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), 58,6% dos pacientes internados em Unidades Individuais de Terapia Intensiva (UTI) já receberam alta no estado, segundo dados informados ao Estado de Minas. Apesar disso, a doença se mostra agressiva e o número de mortes continua a subir, ainda que em ritmo menos acelerado que o de outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro.

O informe é relativo à semana passada, mas mostra um desempenho que o sistema considera “satisfatório”, sobretudo porque o número de mortes não se ampliou fora do ritmo que vem sendo observado ao longo de todo o histórico da pandemia. "Há 77 pacientes internados em decorrência da COVID-19 ou por suspeita da doença em leitos de UTI. A taxa de ocupação de leitos de UTI, em relação ao coronavírus, é de 4%. E 109 pacientes que estavam internados em leitos desse tipo, por suspeita da doença, já receberam alta", informou a Secretaria de Governo.

Os dados, contudo, não reduzem os efeitos severos da doença no estado. Na data do levantamento, dia 17 de abril, Minas Gerais indicava 35 óbitos devido ao novo coronavírus (Sars-Cov-2), tinha 1.021 casos confirmados, com 98 óbitos sob investigação e 233 mortes descartadas. Após 10 dias, o total de casos subiu ontem para 1.548, aumentando 51,6%, e as mortes chegaram a 61, com um incremento de 74% no período.

Dos 61 óbitos verificados, nove pacientes não apresentavam outras doenças que os colocariam diretamente no quadro de risco, como diabetes, pressão alta e obesidade, além de o fato de terem idade avançada. O número representa um universo de 14,75% dos doentes que não se recuperaram. Dos mortos totais, 11 eram de Belo horizonte, de acordo com o boletim de ontem. O total de casos confirmados por testes em BH é de 533. Entre os óbitos da capital mineira, dois pacientes não tinham outras complicações de saúde conhecidas, além da idade avançada, o que representa 18% da amostragem.

Entre nove pacientes que perderam suas vidas e não apresentavam comorbidades (fatores de saúde que os tornariam mais vulneráveis à infecção), apenas dois não eram idosos. O primeiro se refere a uma morte no município de Mariana, na Região Central de Minas, que foi informada no dia 30 de março e que, no caso, o paciente era um homem de 44 anos. O outro registro de morte sem comorbidades conhecidas em pessoa não idosa foi registrado em Divinópolis, município da Região Centro-Oeste mineira. A paciente era uma mulher de 46 anos que morreu no dia 8 de abril.

Impacto positivo


De acordo com declaração do secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, o ritmo de aceleração dos casos do novo coronavírus demonstra reflexos de ações de controle externo, além de hospitalares. "O que nós temos hoje, do ponto de vista de evolução dos casos de COVID-19 em Minas, é uma curva de crescimento bastante achatada e que mostra que as medidas tomadas pelo governo do estado, do ponto de vista do isolamento social, foram adequadas e oportunas".

O que é o coronavírus?

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.


Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia


Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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