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Estado de Minas PANDEMIA

Pouco a pouco, brasileiros são repatriados. Mais três mineiros estão de volta

Casal que estava na Namíbia recebeu confirmação da embaixada brasileira naquele país para voo de repatriação nesta sexta


postado em 23/04/2020 16:55 / atualizado em 23/04/2020 17:51

(foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
(foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
Pouco a pouco, depois de muito sofrimento, incertezas e dúvidas sobre quando conseguiriam retornar ao Brasil, brasileiros vão sendo repatriados. Muitos mineiros estão entre eles. Nesta quinta-feira (23) retornaram à sua casa os estudantes quilombolas Isac e Isaura dos Santos Lopes, irmãos, respectivamente de 27 e 20 anos. Do Vale do Rio Doce, estavam retidos na Argentina. Foram quatro dias de viagem.
 
Antes, há havia retornado o administrador Tawler Andrade dos Santos, que estava na Venezuela. Levou três dias de Caracas até Ponte Nova. Já o casal Eduardo Pereira de Almeida, de 55 anos, engenheiro, e Simone Faleiros de Melo, de 44, advogada, que passou 29 dias na Namíbia, retornará nesta sexta-feira (24) ao Brasil, num voo que terá também repatriados que estavam em Moçambique e Angola.

Agora, a preocupação é com os mais de 300 brasileiros que estão na França. No total, segundo o Itamaraty, cerca de 16 mil brasileiros já foram regastados desde o começo da pandemia. Existiriam, segundo estimativas, mais 2 mil para retornar, entre eles o casal de viajantes André de Rezende Jardim, de 42 anos, e a mulher, Júlia Cristina Magalhães Prates, de 36, que estão no Chile. 

Quilombolas


Um dia inesquecível para os dois quilombolas mineiros, os irmãos Isac e Isaura. Depois de praticamente dois meses longe de casa, em Córdoba, na Argentina, onde faziam um curso de espanhol, eles estão a caminho de casa, num ônibus, para Guanhães. Lá, se encontrarão com uma amiga que irá buscá-los e levá-los até o Quilombo do Suaçuí, no Vale do Rio Doce.

Esta quinta-feira começou cedo, às 4h, quando os irmãos já estavam de pé. O voo de Porto Alegre para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, partiu às 6h40. Ambos chegaram à cidade paulista às 8h40 e embarcaram imediatamente em voo para Confins, pousando às 10h15.

“Nossa, como foi bom chegar aqui. Corremos para pegar o ônibus e fomos para a rodoviária de BH. O ônibus que saía mais cedo para nossa região, o Vale do Rio Doce, era para Guanhães. Compramos a passagem e partimos às 13h30, com previsão de chegar às 20h. Um alívio”, conta Isac.

Isaura lembra a agonia e a incerteza sobre o retorno. “Ficamos lá sem saber como iríamos voltar para casa. Não tinha como. Quando falaram que haveria um ônibus, disseram que teríamos que pagar a passagem. Mas com apoio da diretora da escola, Fátima Maria Vieira, que é brasileira, conseguimos a ajuda necessária e a passagem de ônibus até Uruguaiana. E agora estamos pertinho de casa”, celebrava no meio desta tarde de quinta-feira. 

Adeus, Venezuela


(foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
(foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
Esta quinta-feira foi de felicidade também para o mineiro Tawler Andrade dos Santos, de volta a Ponte Nova. Um dia após retornar do exterior, já trabalhava no escritório improvisado em sua casa, no esquema home office. Santos é funcionário da Distribuidora Bartofil no município.

O retorno ao Brasil, no entanto, foi uma aventura que durou três dias. Começou na segunda-feira e terminou na quarta-feira. “Nós saímos, 48 pessoas, 38 funcionários da embaixada brasileira em Caracas, e mais 10 brasileiros que estavam em viagem naquele país, num avião da FAB. Nunca vi nada mais apertado que esse avião”.

Na primeira etapa da viagem, um susto. “Pousamos em Boa Vista. O avião apresentou problemas. Não levantou voo para Brasília, como estava previsto. Precisou de reparos. Fomos para um hotel e cada um teve de pagar a sua despesa”, conta Tawler.

No dia seguinte, de manhã, a decolagem para Brasília, apreensivo, segundo ele, por causa da pane do dia anterior. Mas foi uma viagem tranquila e a aeronave pousou normalmente.

“Do aeroporto de Brasília, resolvi que seria mais tranquilo tentar pegar um ônibus para BH. Peguei um táxi e fui para a rodoviária e pouco depois estava dentro de um ônibus, a caminho de casa”, diz Tawler. De BH, outro ônibus, para Ponte Nova.

Segundo ele, era a sensação mais reconfortante que poderia existir. “Cheguei, avisei todo mundo, à minha empresa e hoje (nesta quinta) de manhã já estava trabalhando de casa. O fim de um sofrimento”.


Alívio

Um comunicado oficial da embaixada brasileira em Windhoek, capital da Namíbia, significou para o casal Eduardo e Simone o fim de uma agonia. Enfim, eles, que são paulistas, mas que viveram em Belo Horizonte por cerca de 10 anos, até o último janeiro último, vão poder voltar ao Brasil. A operação foi montada pelo Itamaraty. Foram 29 dias no país africano, convivendo, diariamente, com a incerteza sobre quando conseguiriam retornar.

“Um alívio. Vamos voltar nesta sexta-feira. Eles vão nos pegar no apartamento em que estamos com um veículo oficial da embaixada brasileira e nos levarão para a sede do governo brasileiro aqui. De lá, iremos para o aeroporto. Tem de ser no veículo oficial, pois existe o problema de pegar estrada. O aeroporto aqui fica a 40 quilômetros da cidade. Lá, pegaremos um pequeno avião, fretado pelo governo do Brasil. Vamos para Luanda, onde tomaremos o avião que sairá de Maputo, Moçambique”, conta Eduardo.

Eduardo e Simone estarão num voo que trará de volta ao país brasileiros que estavam em Moçambique e Angola. A viagem foi contratada pelo Itamaraty junto à empresa aérea Ethiopian Airlines. A saída do avião será às 9h, de Maputo, indo para Luanda, onde a partida para São Paulo está prevista para as 13h, hora local. A previsão de pouso no Brasil é para as 18h desta sexta-feira (24).

“Sinceramente, já estávamos preparados para o pior, ter de ficar em Windhoek. Pra mim, ainda seria pior, pois teria de procurar e pagar um cardiologista daqui. Meu remédio para hipertensão termina justamente nesta sexta-feira. Nossa, um alívio, pois vamos embora. Não vemos a hora”, afirma o engenheiro.

O que é o coronavírus?

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia


Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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