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Estado de Minas COVID-19

Após prefeitura instalar gradis, praças famosas amanhecem vazias em Belo Horizonte

Pouco movimento visto nas praças JK e do Papa contrasta com aglomeração vista em área ao lado da Vila Acaba Mundo


postado em 04/04/2020 10:03 / atualizado em 04/04/2020 11:05

Além da barreira formada por gradis, Praça JK conta com patrulhamento da Guarda Municipal nesta manhã.(foto: Leandro Couri/EM/D. A Press)
Além da barreira formada por gradis, Praça JK conta com patrulhamento da Guarda Municipal nesta manhã. (foto: Leandro Couri/EM/D. A Press)
Após o fechamento de alguns espaços públicos de Belo Horizonte, medida tomada pela prefeitura para conter a disseminação do coronavírus, as praças atingidas amanheceram vazias. Na Praça JK, a Guarda Municipal assegurava que ninguém furasse o cerco de gradis ao redor do equipamento público.

E a presença foi mesmo necessária. Apesar do cerco e dos avisos de que a praça estava temporariamente interditada, os policiais precisaram pedir para que uma mulher que caminhava dentro do local com seus dois cachorros respeitasse a determinação. "Sou contra fechar a praça. É o único lugar em que as pessoas podem ficar ao ar livre. Venho aqui todos os dias e vejo que não há aglomeração", relata a aposentada Maria Eleonor Garcia Dias.

Morador de um prédio em frente à praça JK, o engenheiro Alexandre Dias relatou que o local não tem ficado cheio. "Ontem à noite veio um carro da prefeitura, com megafone, avisando que a praça estava fechada. Ridículo. Estava chovendo e tudo vazio", afirmou, em relação ao uso do equipamento por parte de servidores municipais. Mas, de acordo com o guarda municipal Wanderson Souza, que faz patrulha no local diariamente, os frequentadores da praça não estavam mantendo distância adequada entre si, inclusive com a pratica de exercícios coletivos.

Já uma pequena praça ao lado da JK, ao lado da Vila Acaba Mundo, não estava fechada e tinha pessoas reunidas. Também ao lado dali, a pista de caminhada da Avenida Bandeirantes estava movimentada, apesar do clima ameno e da névoa. 

O administrador Marcos Azevedo caminha no circuito três vezes por semana e considerou positivo fechar a praça porque estava havendo aglomeração. Próxima dali, a Praça do Papa estava bastante vazia. Foi a impressão da costureira Renata de Almeida, que reparou que, quando se cruzam, as pessoas tentam se distanciar.

Praça da Liberdade 

 

Já na Praça da Liberdade, também fechada ontem pela prefeitura, vários usuários corriam ou caminhavam na rua ou no passeio ao redor. O publicitário André Cruz considerou a medida acertada. " Tenho observado que aqui está tendo aglomeração de pessoas. A Praça da Liberdade é o coração da cidade, vejo muitos idosos que param, conversam e se encostam", relata. Moradora de um edifício em frente à praça, a relações públicas Márcia Brandão não aprovou o fechamento, mostrando as pessoas caminhando na rua. Ela foi uma das que precisou se exercitar na calçada.

Aviso informa aos pedestres o fechamento temporário da Praça da Liberdade.(foto: Leandro Couri/EM/D. A Press)
Aviso informa aos pedestres o fechamento temporário da Praça da Liberdade. (foto: Leandro Couri/EM/D. A Press)

 

O guarda municipal Douglas Martins disse que ninguém tentou entrar na praça, à exceção de um morador de rua que retirou seus pertences guardados no coreto. Porém, a advogada Luana Priscila da Silva saiu do Prado e foi surpreendida pela praça fechada. "Acho que vou para a praça da Assembleia. Acabei de passar lá e estava movimentado", conta. 


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