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Estado de Minas

Veja tudo o que foi feito para liberar o roteiro turístico em áreas de barragens

Mapa de manchas de inundação, retirada de pessoas em área de risco e monitoramento dão segurança a destinos próximos de represas na semana santa, garante Defesa Civil


postado em 17/04/2019 06:00 / atualizado em 17/04/2019 07:40

Uma situação que ainda inspira cuidados e monitoramento 24 horas por dia é o trânsito na BR-356, que é a via de acesso para Ouro Preto (foto) e Mariana(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press - 16/03/2018)
Uma situação que ainda inspira cuidados e monitoramento 24 horas por dia é o trânsito na BR-356, que é a via de acesso para Ouro Preto (foto) e Mariana (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press - 16/03/2018)

Apesar de Minas Gerais contar com oito barragens de rejeitos sem estabilidade garantida e enquadradas nos níveis 2 (alerta) e 3 (emergência), mapeamentos de manchas de inundação e retirada de pessoas de áreas de risco permitem à Defesa Civil de Minas Gerais garantir a segurança de destinos turísticos importantes na semana santa.

Por isso, o órgão do governo do estado reforça o aviso de que as pessoas podem programar suas viagens sem medo, depois das medidas tomadas em cima dos riscos desencadeados pela crise das barragens. É o caso de lugares muito procurados por suas celebrações religiosas, como Ouro Preto, Mariana e o Santuário do Caraça, na Região Central, mas também para pontos turísticos visitados em qualquer feriado prolongado.

Lugares que acabaram atingidos em cheio pelo risco aumentado em reservatórios de rejeitos, como Inhotim, considerado o maior museu a céu aberto do mundo, e São Sebastião das Águas Claras, distrito de Nova Lima conhecido como Macacos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em Macacos, os monitoramentos necessários para garantir a segurança de turistas e moradores contam com 107 pessoas 24 horas por dia.

Logo após o rompimento da Barragem B1, da Vale, que despejou mais de 10 milhões de metros cúbicos de rejeitos na Bacia do Rio Paraopeba e já matou até agora 228 pessoas, a cidade de Brumadinho foi impactada em cheio. O principal acesso entre a sede do município e suas comunidades rurais ficou fechado, gerando enorme prejuízo para o município, que, consequentemente, alcançou Inhotim, maior museu a céu aberto do mundo. A unidade ficou fechada por 12 dias e depois reabriu, mas registra redução de 40% no movimento, segundo a assessoria de imprensa da instituição.

Não há nenhum risco para a visitação da unidade, conforme a Defesa Civil e o próprio museu. Como forma de tentar acalmar e informar bem os turistas que se interessam pelo acervo, o Inhotim publicou em seu site uma lista de perguntas e respostas com as principais dúvidas de quem tem medo de visitar o local pela crise das barragens. “O Inhotim está a cerca de 20 quilômetros da área afetada. A equipe ambiental do Inhotim analisou os mapas topográficos do entorno para assegurar que o Instituto não corre riscos”, publicou o museu. 

Lama contida


Segundo o capitão Herbert Aquino, diretor de Resposta a Desastres da Defesa Civil estadual, uma situação que pode levar as pessoas a pensarem de forma equivocada é a proximidade do museu com o Rio Paraopeba, mas a lama ficou contida no curso d’água e o manancial não ameaça o atrativo turístico, por estar em um nível bem abaixo do museu. “Também não há problemas com relação à Barragem B6, que é só de água e foi bastante esvaziada depois do rompimento da B1. Mesmo se ela estivesse cheia não haveria nenhum perigo porque o Inhotim está bem mais alto do que o rio”, diz o militar.

Apesar do aquecimento natural do turismo religioso no feriado prolongado da semana santa, a crise das barragens também levantou dúvidas principalmente pela existência de reservatórios em risco na cidade de Ouro Preto. Mas segundo o capitão Herbert Aquino, o risco é zero para a zona urbana do município, uma vez que todas os reservatórios instalados em Ouro Preto estão na zona rural. “No caso das barragens de Forquilha, por exemplo, a primeira zona urbana atingida seria Itabirito, o que mantém Ouro Preto e Mariana totalmente fora de qualquer problema”, afirma.

Uma situação que ainda inspira cuidados e monitoramento 24 horas por dia é o trânsito na BR-356, que é a via de acesso para Ouro Preto e Mariana. Em caso de rompimento da barragem Vargem Grande, em Nova Lima, que está em estágio de alerta (nível 2), a lama demoraria quatro minutos para chegar até a rodovia. “Implantamos um sistema de siga e pare na 356, justamente para garantir a segurança, pelo fato de a barragem Vargem Grande estar perto da rodovia. Essa operação foi estabelecida há mais de um mês e conta com equipes de prontidão 24 horas com monitoramento direto da barragem. Caso haja qualquer problema, é possível fechar o trânsito e evitar o fluxo na área de risco antes da chegada da lama”, acrescenta o capitão. 

Tempo suficiente


Um destino que é um misto de refúgio religioso e natural, muito procurado para ecoturismo, o Santuário do Caraça está próximo das cidades de Barão de Cocais e Santa Bárbara. A área urbana dos dois municípios aparece na mancha de inundação da Barragem Sul Superior, que está em nível 3, caracterizado pelo risco de ruptura iminente, mas ambas as cidades estão na chamada zona secundária.

Já houve a evacuação de todos os moradores da zona de autossalvamento e o tempo até a chegada da lama nas vias que podem ser usadas para acesso ao Caraça, como a MG-129, é suficiente para a atuação da Polícia Militar na garantia dos fechamentos. “O tempo é mais que suficiente e seguro para fazer as intervenções que forem necessárias em caso de problemas com a Barragem Sul Superior. As pessoas podem manter a programação normalmente para o Caraça”, completa o capitão.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


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