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Estado de Minas

Quadrilha que assaltava comércios planejou roubo de R$ 3 milhões no Pátio Savassi

Polícia Civil descobriu planejamento e prendeu dois membros do grupo antes do crime. Grupo completo foi detido em operação apresentada nesta segunda-feira pelo Deoesp


15/04/2019 11:26 - atualizado 15/04/2019 13:16

Antônio Carlos de Araújo Fonseca, de 42 anos, conhecido pelos apelidos de Gordão ou Paizão, comandava as ações de dentro da Nelson Hungria(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Antônio Carlos de Araújo Fonseca, de 42 anos, conhecido pelos apelidos de Gordão ou Paizão, comandava as ações de dentro da Nelson Hungria (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)

Uma quadrilha que atuava praticando roubos a estabelecimentos comerciais foi presa na manhã desta segunda-feira por agentes do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil.

Um membro segue foragido, sete foram presos e dois já estavam no sistema prisional, incluindo o principal líder da quadrilha. Antônio Carlos de Araújo Fonseca, de 42 anos, conhecido pelos apelidos de Gordão ou Paizão, comandava as ações com um celular de dentro da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. "Já são vários crimes praticados por organizações criminosas que são cometidos por detentos da Penitenciária Nelson Hungria", diz o delegado Marcus Vinícius Lobo Leite Vieira, que comanda as investigações. A ficha policial de Antônio tem mais de 50 páginas e ele já passou 24 dos seus 42 anos na prisão, sendo que na última ocasião que foi preso já está acautelado há 13 anos.

Delegado Marcus Vinícius Lobo Leite Vieira (centro) deu detalhes da investigação acompanhados dos inspetores e investigadores que trabalharam no caso(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Delegado Marcus Vinícius Lobo Leite Vieira (centro) deu detalhes da investigação acompanhados dos inspetores e investigadores que trabalharam no caso (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)


Segundo Vieira, durante o curso das investigações a Polícia Civil prendeu dois membros quando os investigadores descobriram que o grupo pretendia efetuar um roubo de 3 milhões na joalheria Manoel Bernardes, do Pátio Savassi, Centro-Sul da capital mineira. O crime aconteceria em 6 de outubro do ano passado.

Antes disso, a quadrilha cometeu um assalto ao quiosque da loja Central dos Eventos, no shopping Monte Carmo, em Betim, na Grande BH, em 21 de julho do ano passado. Foi aí que as investigações contra o grupo iniciaram.

No vídeo abaixo, é possível ver a ação dos bandidos no quiosque da Central dos Eventos, que fica no Monte Carmo shopping, em Betim. Um vigilante é rendido por um assaltante, seguido de outro bandido que se aproxima de um segundo homem. Frequentadores do shopping percebem o assalto e ficam assustados. Momentos depois a dupla sai correndo e é flagrada novamente por câmeras quando deixa o shopping pelo estacionamento, onde um motorista aguardava o grupo. Uma mulher dava cobertura dentro do centro de compras, observando a movimentação para alertar os comparsas se fosse necessário.



No curso do inquérito, outro roubo foi atribuído ao grupo, dessa vez a uma unidade da Droga Raia, em Contagem, em 5 de outubro. Nesse último crime funcionários e clientes foram feitos reféns e trancados em uma sala. As imagens estão no vídeo abaixo.



Um dia depois do roubo à drogaria seria consumado o assalto ao Pátio Savassi. O primeiro assalto, inclusive, teria sido usado como forma de arrecadar fundos para mobilizar o grupo rumo ao crime do centro de compras da Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Uma filmagem da loja Manoel Bernardes foi anexada ao inquérito, capturada de um dos celulares apreendidos. Para a polícia, é um dos indícios do planejamento que era desenvolvido. O principal objetivo seriam relógios da marca Rolex, de alto valor.

As investigações apontaram que haviam funções distintas no grupo. Enquanto Antônio Carlos comandava tudo a partir de informações de quais seriam os alvos, alguns membros atuavam cometendo os assaltos, e outros agiam como motoristas para dar fuga ao grupo. Normalmente, veículos roubados e clonados eram usados para a chegada aos locais assaltados.

De acordo com a Polícia, a ousadia dos bandidos era tão grande que eles produziram vídeos, divulgados nas redes sociais, que promoviam a quadrilha. Antônio era o líder, mas também tem uma companheira envolvida no esquema, Débora Cristina Machado Maciel Pedro, de 21 anos, que segundo a polícia está grávida. Outra mulher, Flávia Paula de Barros, de 42, cuidava da parte financeira do bando, conforme as investigações.

Atuavam cometendo assaltos Aline Augusta da Silva, 29, Diego Junio de Oliveira, 27, Roberson Duarte Meira da Silva, 27, André Luiz Nascimento Teixeira, 28, e Washington Lana, 31. Washington já estava preso, segundo a Polícia Civil, e Roberson está foragido. Já Diego foi preso na cidade de Serra, no Espírito Santo. Os últimos dois presos são Gustavo Henrique Soares dos Santos, 23, e Victor Augusto dos Santos. Eles são irmãos e, segundo a polícia, trabalhavam como motoristas de aplicativo, mas davam fuga ao grupo durante os assaltos.


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