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Estado de Minas

Índice de infestação pelo Aedes aegypti cresce e deixa Belo Horizonte em alerta

Larvas do mosquito, que é o vetor do zika vírus, chikungunya e a dengue, e também da febre amarela em áreas urbanas, foram encontradas em 1,2 mil locais pesquisados


postado em 02/02/2018 21:43 / atualizado em 02/02/2018 23:39

(foto: Leandro Couri/EM/D.A press)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A press)
O índice de infestação do Aedes aegypti aumentou em Belo Horizonte. O Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti – LIRAa, de janeiro deste ano, divulgado ontem pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA-BH), demonstra que em 2,4% dos imóveis pesquisados na capital foram encontradas larvas do mosquito, que é o vetor do zika vírus, chikungunya e a dengue, e também da febre amarela em áreas urbanas.

Diante do quadro, equivale a dizer que a cada 100 imóveis pesquisados em BH, em mais de dois foram encontrados focos do Aedes aegypti. O LIRAa realizado em janeiro do ano passado apontou um índice de 1,3%. De acordo com a padronização do Ministério da Saúde, o índice de infestação larvária recomendado para evitar epidemia é de até 1%. O índice apurado na capital é considerado de médio risco. Situações de alto risco é quando se apura percentual igual ou superior a 4,0%.

A regional de Belo Horizonte com o mais elevado LIRAa é a do Venda Nova, com 3,6%, ou seja, a cada 100 imóveis, quase quatro foram encontrados focos do mosquito. Na sequência, apresentam altos índices a Pampulha, com 3,0% e Leste 2,9%. As regiões Nordeste e Norte apresentaram 2,5%, Noroeste 2,1%, Barreiro 2,0% e Oeste e Centro-Sul registraram 1,6%, valor ainda acima da média da cidade em janeiro de 2017.

O LIRAa foi realizado em cerca de 51 mil imóveis da capital mineira. O levantamento revelou que 79,7% dos focos do mosquito estão dentro dos domicílios. Dentre os criadouros predominantes, destaque para os inservíveis (tampinhas, vasilhames, garrafas) que representam 27,5% dos criadouros, seguido pelos pratos de plantas (17%) e barris ou tambores (9,5%).
O LIRAa identifica as áreas da cidade com maior proporção/ocorrência de focos do mosquito e os criadouros predominantes. O levantamento é realizado três vezes por ano, em janeiro, março e em outubro.

A partir dos dados, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da SMSA, realiza ações de combate e prevenção ao Aedes aegypti durante todo o ano, independente do número de casos da doença. As ações consistem em visitas de casa em casa com o objetivo de informar, prevenir e debelar focos do mosquito transmissor; monitoramento quinzenal de 707 pontos estratégicos, com identificação de focos e aplicação de produtos químicos. Estes locais são vistoriados a cada 15 dias; e monitoramento e acompanhamento de todos os casos suspeitos notificados, que são georreferenciados e investigados.

Também é realizada uma avaliação ambiental focalizada, pelas equipes de controle de zoonoses e, se houver indicação técnica, ocorre a aplicação do produto químico a ultra-baixo-volume (UBV) por intermédio de equipamentos costais motorizados, além da aplicação de larvicidas e adulticidas de poder residual.

Há ainda o monitoramento do Aedes aegypti por meio de cerca 1.700 armadilhas para colocação de ovos (ovitrampas) que são instaladas quinzenalmente e recolhidas após sete dias. O acompanhamento permanente desses resultados auxilia no direcionamento das ações de intensificação, além daquelas de rotina.


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