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Estado de Minas

Família pede doação de sangue para criança arremessada de brinquedo no Mineirão

Guilherme Vinicius sofreu o acidente no domingo e, desde então, segundo a mãe, permanece inconsciente e respirando com a ajuda de aparelhos


postado em 25/01/2018 09:53 / atualizado em 25/01/2018 13:19

Escorregador inflável em forma de baleia não estava preso ao chão e foi arremessado ao lado de fora do estádio durante uma ventania. Guilherme estava dentro do brinquedo e caiu de uma altura de cerca de 10 metros(foto: Paulo Filgueiras/ EM D.A Press)
Escorregador inflável em forma de baleia não estava preso ao chão e foi arremessado ao lado de fora do estádio durante uma ventania. Guilherme estava dentro do brinquedo e caiu de uma altura de cerca de 10 metros (foto: Paulo Filgueiras/ EM D.A Press)
A família de Guilherme Vinícius Vasconcelos Senna, o garoto de 10 anos que foi arremessado de um brinquedo inflável depois de uma ventania no último domingo na Esplanada do Mineirão, pede doação de sangue para o menino que continua internado na Unidade de Terapia e Tratamento Intensivo do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte.

Guilherme deu entrada na unidade na noite de domingo e ficou em coma induzido até essa terça-feira. O garoto está inconsciente desde o acidente e respira com a ajuda de aparelhos. Apesar da gravidade do caso, Adriana Vasconcelos, mãe de Guilherme, afirmou ao Estado de Minas que o quadro do filho “permanece estável e sem registros de piora.” 

Nessa quarta-feira, segundo Adriana, o filho já recebeu uma bolsa de sangue e as doações serão necessárias, conforme informado pela equipe médica, para repor o sangue perdido com a  hemorragia causada pelas lesões no pulmão, abdome e cérebro. 

“Desde o dia que chegamos aqui (no João XXIII) os médicos informaram que ele precisaria, enquanto permanecer internado, de doações de sangue para repor o que foi perdido. Ontem (quarta-feira) ele já recebeu uma bolsa (de sangue), mas a gente está pedindo doações porque ele pode voltar a precisar,” disse a auxiliar de serviços administrativos de 29 anos.

Os drenos que Guilherme estava usando para conter as hemorragias no pulmão e na cabeça foram retirados pelos médicos. Apenas um aparelho colocado na parte direita do órgão respiratório segue fazendo o escoamento de uma pequena quantidade de sangue ainda presente no local. “O aparelho que media a pressão cerebral dele também já foi retirado e os médicos também estão diminuindo os sedativos,” acrescentou a mãe de Guilherme. 

Questionada sobre a assistência que a família tem recebido da Funny Planet, empresa responsável pelo parque itinerante montado na Esplanada do Mineirão, e por parte da Minas Arena, administradora do estádio, Adriana informou que no momento não vai tratar sobre esses assuntos. “Referente a esse eu não vou comentar porque eu estou me dedicando 100% ao meu filho e aqui, graças a Deus, ele está muito bem amparado e sendo muito bem atendido. Depois, mais para frente, eu vou resolver o que fazer,” complementou Adriana Vasconcelos. 

Os médicos informaram à família que Guilherme não tem previsão de alta.


Doações


Os interessados em realizar doações de sangue ao garoto, podem procurar o Hemominas e informar, além do  nome completo dele, Guilherme Vinicius Vasconcelos Sena, que está internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Todos os tipos sanguíneos estão sendo aceitos e, segundo a família, o que não for repassado ao garoto, ficará para outros pacientes que necessitarem de transfusão de sangue. “A gente achou legal mobilizar os amigos nas redes sociais para pedir (doações). Sangue nunca é demais e, se não der pra ele, têm outras pessoas que precisam,” disse Junnio Sena, de 34, que acompanha o filho no parque quando ocorreu o acidente. 

Relembre 

Segundo a Polícia Militar (PM), o gerente do Funny Planet informou que, pouco antes das 19h, um vento repentino levantou e jogou o brinquedo com a criança em seu interior para o lado de fora da Esplanada. A criança foi arremessada, com o brinquedo, de uma altura de três andares (aproximadamente 10 metros de altura). 

Funcionários e pessoas que estavam no local prestaram os primeiros socorros ao menino. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) levou a criança ao Hospital Odilon Behrens e de lá ela foi transferida para o João XXIII.

De acordo com as apurações preliminares do Corpo de Bombeiros, o brinquedo não estava amarrado no chão ou a amarração havia sido feita de forma incorreta, sendo que esse tipo de escorregador deveria estar fixo no solo para evitar acidentes. 

O tenente Herman Ameno, do Corpo de Bombeiros, explica que se tratava de um evento de risco mínimo e que havia autorização dos bombeiros. Ele explicou que não viu o brinquedo montado e, por isso, não soube dizer sobre os riscos aos usuários. “Tudo depende do tipo de equipamento. Quando se trata de brinquedos radicais, é necessário fornecer, por exemplo, capacetes. Mas, não sabemos dizer do caso específico”, comentou. “Porém, é visível a responsabilidade do proprietário do parque, que faltou com a segurança necessária”, afirmou.

O parque Funny Planet divulgou uma nota lamentando o acidente. “A operação montada na Esplanada do Mineirão conta com todas as autorizações necessárias, conforme legislação vigente e cláusulas do contrato de locação do espaço”, diz a nota da empresa. “Neste momento, os esforços da administração do parque estão direcionados à assistência à família da vítima, bem como a apuração dos fatos junto aos órgãos competentes”, finaliza. O local conta com alvará de funcionamento de evento temporário, concedido pela Prefeitura de BH e o Auto de vistoria do Corpo de Bombeiro (AVCB).

O Mineirão também lamentou o acidente, por meio de uma nota, e informou que o parque tem alvará e licenças de funcionamento. Ainda na nota, o estádio informou que prestará toda a solidariedade à família

* Sob supervisão da subeditora Jociane Morais


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