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Estado de Minas

BH investiga dois casos suspeitos e novo foco de febre maculosa

Com mais dois pacientes com sintomas da febre, saúde começa a investigar se um deles foi contaminado por parasitas de cavalos em bairro da Região Nordeste da capital


postado em 19/09/2016 06:00 / atualizado em 19/09/2016 07:46

Hospital Eduardo de Menezes, referência para doenças infectocontagiosas em Belo Horizonte, trata os dois pacientes com suspeita da doenças(foto: Jair Amaral/EM/DA Press - 11/11/15)
Hospital Eduardo de Menezes, referência para doenças infectocontagiosas em Belo Horizonte, trata os dois pacientes com suspeita da doenças (foto: Jair Amaral/EM/DA Press - 11/11/15)
Duas novas suspeitas de febre maculosa em Belo Horizonte acendem o alerta no sistema de saúde da capital e lançam a suspeita de um novo foco da doença na cidade. No começo da manhã de hoje, agentes de epidemiologia começam a investigar se um dos pacientes, que mora na Região Nordeste da capital, na divisa com Sabará, foi picado por carrapatos originário de cavalos que pastam na área. À tarde agentes de endemias devem seguir para o local, em busca de amostras do parasita. Não está descartada a possibilidade de aplicação de carrapaticida nos animais e no terreno.

Somente este ano, Belo Horizonte soma 17 notificações de febre maculosa brasileira, das quais uma se confirmou, duas agora são investigadas e 14 foram descartadas. Na segunda-feira passada exames confirmaram que a morte de um menino de 10 anos, em 28 de agosto, foi causada pela doença. Neste fim de semana, dois homens foram internados depois de examinados em unidades de pronto-atendimento de BH com sintomas da febre e relato de contato com cavalos, um dos hospedeiros do carrapato-estrela.

Um dos pacientes, um cozinheiro de 35 anos, mora na capital, na divisa com Sabará. Na noite da sexta-feira ele deu entrada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Nordeste com febre, manchas na pele e dor no corpo. O homem relatou ter sido picado recentemente por carrapatos. O segundo caso suspeito é de um idoso, de 82 anos, que mora em BH, mas estava em viagem pelo interior. Ele foi atendido na UPA Pampulha com febre, dor no corpo e manchas vermelhas.

Ao identificar os sintomas e o histórico de contato com o parasita que pode ser hospedeiro da bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da doença, os médicos encaminharam os pacientes para o Hospital Eduardo de Menezes, no Bairro Bonsucesso, na Região do Barreiro, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas.

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, os casos foram notificados como determina o protocolo em suspeitas de infecção pela febre maculosa. Os pacientes seguem em observação. Para a confirmação do diagnóstico deverá ser feita a coleta de sangue para exames na Fundação Ezequiel Dias (Funed).

Segundo a Saúde municipal, o quadro de saúde do paciente de 35 anos é estável. Ainda como determina o protocolo, ele iniciou o tratamento com antibióticos. Já o homem de 82 anos relatou ter tido contato com cavalos na cidade de Guanhães, no Leste de Minas. Nenhum dos dois relatou ter ido à Pampulha, onde a doença vem sendo atacada em Belo Horizonte.

MORTE A última vítima confirmada da doença em BH foi Thales Martins Cruz, de 10 anos, que morreu contaminado por picada de carrapato depois de visitar o Parque Ecológico da Pampulha. Em decorrência da morte, áreas no parque onde foram encontrados carrapatos foram isoladas, foi aplicado carrapaticida e ampliada a irrigação nas áreas de visitação, mesmo em pontos em que não foram achados parasitas.

O reaparecimento da doença ampliou a discussão sobre o manejo das capivaras na região da Lagoa da Pampulha. Na sexta-feira, a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou que intensificará o combate ao carrapato-estrela, vetor da febre maculosa, em todo o entorno da lagoa, não apenas no Parque Ecológico. 

Unidade vai ser reavaliada

Na próxima quinta-feira, técnicos da área de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte estarão no Parque Ecológico Promotor Francisco José Lins do Rêgo Santos, na Pampulha, para avaliar a situação na unidade de conservação. A Fundação Zoo- Botânica de BH esclarece que, para reforçar as ações rotineiras que auxiliam no combate ao carrapato (capina e irrigação), foram isoladas as áreas do Parquinho 2 e do Memorial Japonês, limítrofes à reserva ambiental localizada nos fundos do parque. Outra medida foi a aplicação de carrapaticida.


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