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Estado de Minas

Greve de ônibus termina em Belo Horizonte

PLR atrasada de rodoviários será paga em parcela única, em até 45 dias


postado em 11/06/2015 18:21 / atualizado em 11/06/2015 19:03

A greve de ônibus que começou nesta segunda-feira em Belo Horizonte terminou no fim da tarde desta quinta, após o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (STTRBH) entrar em consenso com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SetraBH). As duas partes se reuniram para definir os termos do acordo na Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Minas Gerais (Fettrominas).

O acordo foi de que o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos trabalhadores será efetuado em parcela única, que será quitada em 45 dias e corrigida pelo INPC.

A greve começou na segunda-feira devido ao atraso da PLR. Na última convenção coletiva, assinada em março, ficou acordado repasse de R$ 173 para quem ganha até R$ 1.188 e de R$ 347 para quem recebe acima desse valor.

Justificativa para o atraso 

O SetraBH alega que acumula prejuízo de 268,7 milhões nos últimos cinco anos, em razão de déficit operacional. Entre as razões para o que a entidade patronal chama de achatamento da tarifa, estão a redução de 24,1% da receita em 2015 (5,5% apenas no sistema BRT/Move), aumento do custo operacional (salário de motoristas, óleo diesel, dentre outros insumos) e de gratuidades na tarifa – de 11,90%, em 2008, para 24,10% em 2015 –, esta gerada principalmente pelas novas integrações do transporte rápido por ônibus. Diante do cenário negativo, o Setra-BH contratou novo estudo do sistema, após o levantamento feito pela auditoria Ernst & Youg. Com base nos novos dados, solicitou a revisão do contrato, sob análise da BHTrans.

“Desde 2011 o sistema vem apresentando situação deficitária, agravada ano a ano. As projeções para 2015 também apontam prejuízo significativo. Precisamos racionalizar o sistema para retomar o equilíbrio econômico financeiro”, sustenta o presidente do Setra-BH, Joel Jorge Paschoalin.

A falta de dinheiro afeta o pagamento da PLR. Pashoalin afirma que além de o tempo de viagem do Move maior que o previsto, novos custos operacionais que surgiram pós a implantação do BRT agravam a situação. O projeto do Move estabelecia a redução de 270 ônibus convencionais na frota do transporte coletivo de Belo Horizonte. Após um ano da implantação, os quatro consórcios operadores do sistema só conseguiram reduzir 80 veículos. O Setra-BH se mostra disposto a custear novas tecnologias, em análise técnica da Central de Controle de Operação, para agilizar o tempo de viagem e acabar com o gargalo no Move. 


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