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Estado de Minas

Alunos de Minas enfrentam caminhadas para chegar à escola


postado em 03/11/2013 00:12 / atualizado em 03/11/2013 07:25

Enfrentar caminhos empoeirados e ônibus precários é normal para quem se desdobra para frequentar as aulas(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Enfrentar caminhos empoeirados e ônibus precários é normal para quem se desdobra para frequentar as aulas (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Enfrentar longas viagens em ônibus precários não é o único desafio enfrentado por crianças e adolescentes da comunidade de Riachinho, na zona rural de Montes Claros, no Norte de Minas. Às vezes, o deslocamento de 13 quilômetros até uma escola municipal na localidade de Planalto/Lagoinha envolve longas caminhadas. Devido à precariedade do ônibus, é comum os alunos ficarem no meio da estrada e terem que completar o caminho a pé. “Já andamos até seis quilômetros”, conta a aluna Anne Dardielle.

O estudante Gabriel Ataíde Alves Pereira, de 11 anos, do sexto ano, também reclama das dificuldades. “No início deste ano, por causa da falta de transporte, ficamos dois meses sem aula”, conta. O estudante disse que, há uma semana, as crianças da comunidade passaram por um grande susto: dois pneus do ônibus escolar estouraram e por pouco não aconteceu uma tragédia. “Todo dia que meu filho vai para a escola, fico preocupado”, diz o lavrador Maninho José Pereira, pai de Gabriel.

Lucas Batista de Oliveira, de 18 anos, corre maior risco, pois estuda à noite. Matriculado no pré-vestibular municipal, ele sai de casa às 17h40 e só retorna por volta das 23h. “Quando chove a situação piora e fica mais perigoso. A gente sabe do risco que corremos na estrada. Mas não tem outro jeito, preciso estudar”, comenta Lucas.

A equipe do Estado de Minas acompanhou o escolar que transporta os alunos de Riachinho e constatou o péssimo estado de conservação do veículo, que tem mais de 10 anos de uso. Além de pneus gastos, a precariedade é visível pelos remendos na traseira. O ônibus percorre cinco quilômetros da BR-135, onde os alunos também convivem com o perigo, por causa do grande tráfego de carretas e caminhões. Depois, o veículo atravessa oito quilômetros de terra, onde, além da má conservação da estrada, há trechos em terrenos acidentados, que aumentam o perigo. O EM entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Montes Claros para pedir um posicionamento sobre a situação, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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