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Estado de Minas

Famílias comemoram sucesso dos métodos de reprodução assistida


postado em 01/01/2013 06:00 / atualizado em 01/01/2013 08:16

(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Com o avanço das técnicas de reprodução assistida, as mulheres já adiam o sonho da maternidade para 45 anos, 10 anos a mais que o teto definido como ideal pela medicina. Nem todas elas, porém, têm a mesma sorte da atriz Solange Couto, que ano passado engravidou naturalmente, aos 54 anos, do seu terceiro filho. Para aquelas que no sonham ser mães mas ainda não encontraram o príncipe encantado, iniciam novos casamentos ou ainda investem na carreira, os especialistas em reprodução assistida recomendam o congelamento preventivo de óvulos.

Há cerca de cinco anos, as tecnologias de fertilização humana quebraram a barreira da idade para a maternidade ao congelar os óvulos, o que já é feito há mais de meio século com os espermatozoides nos bancos de sêmen. Para a mulher com mais de 35 anos que já tem um parceiro, recomenda-se guardar diretamente o embrião, ou seja, o óvulo já fecundado. “Costumo dizer que é como fazer um seguro de veículos ou um plano de saúde. Na verdade você guarda o óvulo para não usar nunca, porque confia na gravidez espontânea”, defende Selmo Geber, da Clínica Origen.

Ao contrário das mulheres, os homens podem ter filhos em qualquer idade, uma vez que a produção de espermatozoides se mantém por toda a vida. Já elas nascem com todos os óvulos, que vão sendo gastos mês a mês (com a menstruação) até a chegada da menopausa. “Trata-se de uma medida de prevenção. Não adianta chegar aqui na clínica uma mulher de mais de 50 anos buscando informações sobre como engravidar. Em princípio, o procedimento vai ser impossível, porque nessa idade ela estará na menopausa”, avisa o médico.

Geber cuida pessoalmente do caso de uma ‘mocinha’ de 49 anos, que vai passar este mês pela fertilização in vitro com óvulos doados por uma mulher mais jovem. Antes, a paciente encarou uma bateria de exames de saúde. “Indiquei a ela um cardiologista da minha confiança, que sugeriu que a paciente evitasse a gravidez de gêmeos. Vamos transferir apenas um embrião, atendendo a recomendação”, completa.

FILHOS Grávida de sete meses, a executiva do setor joalheiro Karla Antunes, de 39 anos, está encantada com a própria barriga. Há cinco anos, apresentada por uma amiga em comum, ela conheceu seu príncipe azzurro (azul, em italiano), o executivo italiano do setor petrolífero Enzo Pasquali, de 46. Desde então, os dois sonhavam ter uma família grande, em encher a casa de filhos. Depois de enfrentar duas clínicas e cinco ciclos de tratamento, finalmente veio Chiara. “Ela não nasceu ainda, mas já chegou trazendo o nosso futuro, a nossa semente, o melhor de nós para o mundo. Vamos criar uma família linda”, planeja a mamãe, que congelou os embriões para que a filha tenha irmãos. “Quero ter pelo menos mais um. Quem sabe nascem gêmeos?”, brinca, acariciando o barrigão.

Todos os meses, no dia 23, o nascimento de Pedrinho, hoje com 9 meses, é comemorado com bolo de aniversário, balões, padrinhos e presentes. “O tratamento foi tão difícil e dolorido que a vitória de ter dado certo merece uma festa por mês”, diz a fotógrafa Priscilla Pagani, de 28, casada com Walter Pagani Júnior, de 48. A tradição iniciou-se com o marido, que passou a cantar Parabéns toda semana desde o dia em que o embrião foi transferido para o útero da esposa. Desde o casamento, há cinco anos, os dois tentavam ter filhos, e em 2010, buscaram ajuda para compensar a baixa contagem de espermatozoides do pai e os ovários micropolicísticos da mãe.

No primeiro tratamento, Priscilla engordou 10 quilos e não conseguiu engravidar. Na segunda vez, com os embriões já congelados, o resultado do teste de gravidez deu positivo. A partir de agora, é só festa. “No meu primeiro casamento, ter filhos estava em segundo plano e nem busquei me informar sobre a baixa contagem de espermatozoides. Desta vez, como os dois queriam, descobri que nasci para ser pai. Não podia passar por esta vida sem essa experiência”, conclui Walter.


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