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Estado de Minas

Acusados pela morte de cruzeirense sentam hoje no banco dos réus

Começa nesta terça-feira julgamento dos seis de 12 integrantes da Galoucura suspeitos de matar jovem cruzeirense em avenida. Polícia avalia medidas para conter violência no entorno de estádio


postado em 13/11/2012 06:00 / atualizado em 13/11/2012 08:21

Acusados de matar o repositor de supermercado Otávio Fernandes, de 19 anos, cruzeirense, a golpes de cavaletes em plena Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro São Pedro, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, seis integrantes da torcida organizada Galoucura se sentam hoje no banco dos réus do 2º Tribunal do Júri da capital. O julgamento, com previsão de duração de quatro dias, começa com a preocupação das autoridades de conter a violência no entorno do Estádio Independência, na Região Leste, diante do medo imposto aos moradores dos bairros Sagrada Família e Horto pelas torcidas com brigas, quebradeiras e algazarras, o que leva a polícia a reavaliar a estratégia de segurança.

Outros seis envolvidos no assassinado do torcedor serão julgados posteriormente. E para evitar mais tumultos, não será permitida a entrada na sessão do júri de pessoas vestidas com uniformes ou qualquer objeto que represente times ou torcidas, bem como qualquer manifestação no plenário.

O crime ocorreu 27 de novembro de 2010 e, segundo denúncia do Ministério Público, os acusados saíram de um evento de luta livre numa casa de shows da avenida e agrediram cinco integrantes da torcida rival. Otávio foi morto a golpes de paus e cavaletes, sendo as imagens da violência registrada por uma câmera de segurança. Outras três vítimas tiveram ferimentos graves.

Três réus, Cláudio Henrique Sousa Araújo, o Macalé, João Paulo Celestino Souza e Marcos Vinícius Oliveira de Melo estão presos e serão julgados por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha. Eduardo Douglas Ribeiro de Jesus, Josimar Júnior de Sousa Barros e Windsor Luciano Duarte Serafim foram impronunciados na acusação de homicídio e tentativa. Eles respondem ao processo em liberdade e vão ser mandados ao banco dos réus por formação de quadrilha.

Veja as imagens do crime




O assistente de acusação Marco Antônio Siqueira adiantou que vai pedir a condenação de todos. “Eles cometeram homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e a surpresa que impossibilitou a defesa da vítima. A pena por esse crime é de 12 a 30 anos de prisão”, disse.

O advogado de defesa dos seis acusados, Dino Miráglia, afirmou que vai pedir a absolvição dos clientes. “Eles não são as pessoas identificadas no vídeo que mostra as agressões. Na realidade, foram identificadas quatro pessoas, das quais dois são menores e que já estão cumprindo medidas sócioeducativas. Outros dois são réus confessos, sendo que um deles será julgado agora, o João Paulo Celestino, mas ele deu apenas um chute na costela da vítima. A morte se deu por traumatismo cranioencefálico e não tem nenhuma relação com o chute na costela. Desde o início, meu cliente confessou ter dado o chute. O quarto identificado não é meu cliente”, disse Miráglia.

Sofrimento
A mãe da vítima, a auxiliar de produção Mônica de Cássia Fernandes, de 41 anos, disse ontem que ainda não se recuperou da morte do filho, mas acredita que a condenação dos acusados pode aliviar a sua dor. Ela conta que foi para ao enterro de Otávio em Montes Claros, no Norte de Minas, e que não teve mais coragem de retornar à capital. “Estou traumatizada. Não consigo colocar mais os pés em BH. Não vou ao julgamento, pois ainda estou muito abalada. Não consigo nem visitar o túmulo do meu filho. Nunca vou esquecer a crueldade que fizeram com ele”, lamentou a mãe.

O julgamento começa às 8h30 e será presidida pelo juiz presidente do 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, Glauco Eduardo Soares Fernandes. O promotor Francisco de Assis Santiago representará o Ministério Público. A expectativa é de que os trabalhos durem quatro dias, pois foram arroladas 28 testemunhas, sendo 15 pela acusação e 13 pela defesa. A defesa também vai ouvir como testemunhas as pessoas arroladas pelo Ministério Público. As três vítimas de tentativa de homicídio, Everaldo Marques Wallysson, Rodrigo Marques de Oliveira e Leandro Zanandres Freitas, também devem ser ouvidas.

NO TRIBUNAL

SERÃO JULGADOS HOJE
» Cláudio Henrique Sousa Araújo, O Macalé
» João Paulo Celestino Souza, o Grilo
» Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicim
» Eduardo Douglas Ribeiro de Jesus
» Josimar Júnior de Sousa Barros
» Windsor Luciano Duarte Serafim, o Rato

SERÃO JULGADOS DEPOIS
» Willian Thomaz Palumbo, o Ferrugem
» Carlos Eduardo Vieira dos Santos, o Saf
» Diego Alves Ribeiro, o Fiuri
» Roberto Augusto Pereira, o Bocão
» Welerson Tadeu Gomes, o Lelê
» Mateus Felipe Magalhães, o Tildan


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