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Estado de Minas

Prédio é interditado na Região do Barreiro por risco de desabamento

Rachaduras são tão grandes que é possível ver o andar de baixo pelas fendas. Dos 16 apartamentos, 14 foram desocupados


postado em 19/02/2012 07:43 / atualizado em 19/02/2012 08:11

Mais um prédio corre risco de desabar em Belo Horizonte, desta vez na Rua Taboão da Serra, 317, no Bairro Itaipu, Região do Barreiro. Rachaduras se espalharam pelos quatro andares e os moradores dos 16 apartamentos foram orientados pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) a deixar o imóvel, mas duas famílias que ainda não acharam outro imóvel para alugar permanecem no local. Esse é o quarto prédio da capital que tem a estrutura abalada nos últimos meses.

O estudante Sávio Neves de Araújo, de 16, conta que ele, a mãe e um irmão estão morando de favor no apartamento de um vizinho do prédio ao lado. “A gente começou a ouvir estalos e as rachaduras apareceram de uma hora para outra”, disse o estudante. O apartamento dele fica no último andar e é o mais danificado. A camareira Celeste da Luz, de 36, é uma das moradores que permanecem no prédio do Bairro Itaipu.

“Estou tendo dificuldade de encontrar imóvel para alugar com os R$ 400 que a prefeitura oferece com o Bolsa Moradia. O valor é muito baixo e há muita burocracia na imobiliária. A situação é crítica e estou com medo de ficar aqui”, disse Celeste, que mandou os três filhos para a casa de um irmão em Contagem, na Grande BH. Segundo ela, as rachaduras nas paredes começaram em agosto e foram aumentando. Hoje, é possível enxergar o andar de baixo pelas fendas nos corredores.

Famílias carentes O condomínio tem quatro prédios e foi construído em 2010 em um terreno cedido pela Prefeitura de Belo Horizonte com recursos da Caixa Econômica Federal (CEF). As famílias beneficiadas foram escolhidas por meio do Orçamento Participativo. A camareira conta que vai pagar prestação de R$ 150 por 20 anos. “Moro aqui desde janeiro do ano passado e ainda estava comprando as coisas para o apartamento. Agora, embalei tudo e vou ter que sair”, lamenta Celeste.

A Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel) garante que não há risco imediato de o imóvel desabar, porém, ponderou que a reforma é necessária. Na semana passada, as famílias foram orientadas a deixar o local. Em contrapartida, auxiliou os moradores com a Bolsa Moradia, de R$ 400 mensais. A construtora EPC Empreendimentos, responsável por erguer o prédio, reconheceu os problemas na estrutura e se comprometeu a fazer os reparos.

Para isso, porém, é preciso que todas as famílias deixem o local. A demora em sair do imóvel, ainda de acordo com a Urbel, se deve à dificuldade que os moradores estão tendo para conseguir alugar outra residência no valor máximo de R$ 400, quantia que receberão do auxílio da prefeitura.


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