Começaram nesta sexta-feira as obras de recuperação do edifício São Luiz, localizado no número 380 da rua São Marcos, Bairro Sagrada Família, Região Leste de Belo Horizonte. O prédio foi interditado por risco de desabamento constatado durante vistoria realizada pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), que identificou problemas estruturais na edificação.
As obras tiveram início com a instação de vigas de madeira e metal para o escoramento do edifício que tem três andares. O objetivo é dar sustentação ao prédio. Há suspeita de que as ferragens das vigas originais estejam oxidadas.
O Edifício Carvalho, vizinho ao São Luiz, também foi interditado, embora não apresente danos em sua estrutura. De acordo com o Comdec, caso o São Luiz desabe poderá atingir o outro, causando colapso na estrutura.
Depois do desabamento de um prédio no Bairro Buritis, a Comdec determinou a interdição imediata do prédio no Sagrada Família. como medida preventiva. As 17 pessoas que moram no local tiveram de de deixar os apartamentos. Os moradores se reuniram e decidiram contratar um engenheiro especialista para analisar o problema. A expectativa é que as obras duram um mês. O edifício só será liberado depois que um laudo técnico e reformas estruturais forem feitas por um profissional habilitado.
Destruição e morte
Neste ano, dois prédios desabaram em Belo Horizonte. O primeiro foi no Bairro Caiçara, Região Noroeste da capital, na madrugada de 2 de janeiro. Uma moradora ouviu estalos na estrutura e deixou o local. Ela parou uma viatura policial que passava pelo local e pediu socorro. Os militares entraram no edifício, de três andares e dois blocos, e acordaram os demais moradores, orientando-os a deixar o local imediatamente. Um casal decidiu voltar ao apartamento para buscar pertences pessoais quando a estrutura desabou. A mulher morreu e o homem foi socorrido com várias fraturas.
Já na manhã do dia 10 de janeiro o Edifício Vale dos Buritis, na Rua Laura Soares Carneiro, Bairro Buritis, Região Oeste da capital, desabou sem deixar vítimas. O prédio estava interditado desde outubro do ano passado, quando foram identificados sérios danos em sua estrutura causados, possivelmente, pela ineficiência do sistema de drenagem do solo.