Professores decidem manter greve mesmo após Justiça determinar volta às aulas

Os professores da rede estadual se reuniram na tarde desta terça-feira, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e votaram pela manutenção, por tempo indeterminado, da greve que já dura 105 dias. A decisão foi tomada mesmo após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) considerar a paralisação ilegal.

Diferente das últimas assembleias da categoria, os professores decidiram que não vão sair em passeata por Belo Horizonte. Um grupo de educadores vão fazer vigília na porta da ALMG. A próxima reunião da categoria foi marcada para 27 de setembro.

Segundo decisão da Justiça, anunciada na última sexta-feira, o sindicato está sujeito a multas caso não retome as atividades. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) terá de pagar multa de R$ 20 mil pelo primeiro dia fora das salas de aula, R$ 30 mil pelo segundo, R$ 40 mil , pelo terceiro e R$ 50 mil pelos outros dias sem aulas.

Nesta segunda-feira, o Sind-UTE protocolou um recurso no TJMG contra a decisão do desembargador Roney Oliveira que considerou o movimento grevista abusivo.

Nesta manhã, representantes da categoria se reuniram com o líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado estadual Luiz Humberto Carneiro (PSDB). O deputado reafirmou o posicionamento do governo de não negociar com a categoria em greve.

Segundo Luiz Humberto Carneiro, o projeto de lei que prevê o aperfeiçoamento na política de remuneração por subsídio avançou cerca de 80% na política remuneratória dos professores, mas as divergências serão discutidas durante a tramitação.